- Por Barack Fernandes
Por Barack Fernandes Diante da inércia do Poder
Público e da Justiça, os ataques as comunidades quilombolas no Maranhão estão
casa vez mais intensos.
Ainda esta semana, famílias quilombolas do Puraquê
em Codó, denunciaram a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do estado do
Maranhão, que animais do empresário Chiquinho Oliveira (FC Oliveira), que
alugou terras do ex prefeito de Codó, Biné Figuereido, destruíram as plantações
do povoado.
Representando a Fetaema, o advogado Diogo Cabral,
esteve ouvindo relatos da forma bruta como estes mandantes e jagunços vêm
atuando nas comunidades remanescentes de quilombos em Codó. De acordo com os
moradores (as) do Puraquê até o antigo cemitério do povoado foi destruído.
Em outro povoado quilombola, conhecido como Lagoa
do Leme, os moradores contaram ao advogado da Fetaema, que a mesma situação de
truculência e covardia vem acontecendo. “Enquanto estávamos reunidos nos fundos
das casas, o motorista da Fetaema, Antonio José conversava na porta da casa,
com um senhor da comunidade de Santa Joana, conhecido como seu Toinho.
Quando chegaram dois homens desconhecidos numa
moto, desceram e abriram a porta do carro, alegando querer falar com alguém. Ao
perceber que somente o motorista da Fetaema, Antonio José, se encontrava dentro
do carro, um dos homens falou que o cara não era aquele e saíram em disparada
na direção da BR 316”, denunciou o advogado da Fetaema, Diogo Cabral.
Devido constantes denúncias feitas pela Fetaema
sobre conflitos agrários em todo o Maranhão e especificamente na região dos
Cocais, esta situação de intimidação aos dirigentes e funcionários do Movimento
Sindical dos Trabalhadores (as) Rurais vem se intensificando a cada dia. “A
situação em Codó é de extrema violência! Estamos enfrentando políticos e
empresários (César Pires; FC Oliveira e Biné Figueiredo e ainda a COSTA PINTO
AGROINDUSTRIAL). Não tem sido fácil!
Devemos redobrar nossas atenções em conjunto com a
sociedade civil para esta região conhecida pela disputa de terra e trabalho
escravo” afirmou a secretária de Política Agrária da Fetaema, Maria Lúcia
Vieira. Além da Fetaema, outros grupos que lutam pela divisão igualitária da
terra no Maranhão também vêm sofrendo ameaças.
“Ainda nesta ultima semana, um motoqueiro foi até a
Paróquia São Raimundo, procurando por mim. Ao saber que eu estava dentro da
igreja, o suspeito saiu em disparada e algumas horas depois foi visto na
companhia de outro homem, ambos desconhecidos”, denunciou padre José da
Paróquia de S. Raimundo em Codó-MA.
Apesar das intimidações, a Fetaema continuará
denunciando toda forma de violência contra os trabalhadores (as) rurais
maranhenses.
Barack Fernandes – Assessor de Comunicação da
FETAEMA barack@fetaema.org.br
barackcfer@hotmail.com
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