A Secretaria de estado de Trabalho e
Economia Solidária (Setres) passa a fazer o cadastramento de
trabalhadores rurais no banco de currículos do órgão, com a finalidade
de realizar a intermediação de mão-de-obra rural no estado, a exemplo do
que já acontece no trabalho urbano, por meio do Serviço Nacional de
Emprego (Sine-MA). A ação integra o Plano Estadual de
Erradicação do Trabalho Escravo e o programa Marco Zero de Intermediação
Rural, este último executado pela Setres, em parceria com o Ministério
do Trabalho.
“A rotina de atividades do serviço de
intermediação para o emprego inclui a pactuação com os empregadores para
a oferta de vagas por meio do Sine-MA. No programa Marco Zero é a mesma
fórmula, mas aplicada ao âmbito rural”, explicou o secretário de Estado
de Trabalho, José Antônio Heluy.
A diferença, de acordo com o secretário,
é o modelo do serviço, que funciona com uma equipe móvel, responsável
pelo cadastramento e encaminhamento dos trabalhadores rurais de acordo
com a demanda dos empregadores do setor.
Primeira Ação
Para 2012, o Marco Zero dispõe de 650
vagas de emprego temporário para plantio e corte de cana-de-açúcar. As
vagas são oferecidas pela Usina Agro Serra, produtora de etanol, atuante
na região de São Raimundo das Mangabeiras.
A empresa produz cerca de 100 milhões de
litros de álcool combustível por ano, estando entre as maiores do
Norte-Nordeste. O início do plantio e do corte de cana nos 29 mil
hectares da Agro Serra está previsto para o início de março, tendo
duração de cerca de 8 meses.
O recrutamento para as vagas será
realizado em locais distintos: Colinas, Passagem Franca, São Luís
Gonzaga e São Raimundo das Mangabeiras, municípios que já possuem
histórico de trabalhadores com atuação na área de produção de
cana-de-açúcar. A ação em São Luís Gonzaga teve início na terça-feira
(7) e deve seguir durante toda esta semana, partindo para Colinas logo
em seguida.
De acordo com Isaura Moreira Lima,
coordenadora da Intermediação Rural, a procura pelo cadastramento no
Sine tem sido grande, por parte dos trabalhadores rurais. Muitos
desconheciam o serviço, mas aprovam a ação do governo.
“Além de realizar o cadastro, temos a
oportunidade de conhecer a situação socioeconômica do trabalhador do
campo e oferecer uma garantia de que o trabalho para o qual ele está
sendo encaminhado não tem qualquer ligação com a exploração da
mão-de-obra escrava”, esclarece a coordenadora.
A oportunidade atraiu trabalhadores
experientes e jovens que procuram um meio de vida, como Magno Souza, de
19 anos, que está tentando seu primeiro emprego. Ele foi influenciado
por um amigo, que também está fazendo a seleção. “Eu espero conseguir o
emprego, encarar esse desafio e começar minha vida, minha família”,
declarou.
www.ma.gov.br
Comentário: antigamente se dava outro nome para essa prática. aliciamento de trabalhadores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário