Muitos são os efeitos colaterais sociais
e/ou ambientais advindos da implantação de grandes empreendimentos capitalistas.
Foi na construção da UHE - Estreito, está sendo na construção da fábrica de
celulose em Imperatriz, na refinaria Premium em Bacabeira e na construção da
termoelétrica em Santo Antônio dos Lopes.
O primeiro sintoma vem bem antes do processo
de construção ou de produção em si, identificados também nos projetos acima
relacionados, como no caso das aquisições de terras por parte das empresas
interessadas na construção desses empreendimentos.
Em santo Antonio dos Lopes a fase de
aquisição de terras está no auge do processo. Várias pequenas e grandes
propriedades estão sendo compradas até com um valor acima do mercado de um ano
atrás para a região, fazendo com que centenas de famílias migrem para a
periferia da cidade ou para outras áreas em municípios próximos como Presidente
Dutra, Capinzal do Norte, Pedreiras, Peritoró etc. até aí aparentemente tudo
normal para os moldes da lógica capitalista, mas, quando alguém, por motivos
alheios à questão econômica prefere manter sua área enquanto a maioria foi
levada pelo dinheiro a vender suas propriedades?
Pois bem, essa é a situação de vários
proprietários de propriedades vizinhas ao terreno que está sendo preparado para
o inicio da construção da futura termoelétrica de Santo Antônio dos Lopes aqui
no Maranhão. Projetos desse tipo requerem um perímetro vasto para a construção
de suas instalações e por questão de segurança.
Daí se tem um grande conflito dentro do
próprio capitalismo, como garantir o direito à propriedade privada se o próprio
capitalista tem que expropriar um proprietário? Logo, se vê uma contradição ao
“direito” à propriedade privada sendo posta em cheque pelo próprio sistema que
tem como base esse direito.
O fato é que, o capital e a burguesia é quem
dão as cartas, compram terras, pessoas, governos e dita quais as regras que
devem ser seguidas. Por tudo isso é que nosso Estado consegue ainda ser
governado por uma das mais velhas oligarquias do Brasil, que é parte da classe
burguesa brasileira.
Wilson leite
Nenhum comentário:
Postar um comentário