terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
O caráter usual das ações da Suzano Papel e Celulose
A forma como a Suzano Papel e Celulose derrubou a cerca da família Domingues na comunidade de Formiga, em Anapurus, Baixo Parnaiba maranhense, com seus funcionários na calada da noite, valendo-se da madrugada, quando as pessoas dormiam, para executar os serviços decididos por alguém da empresa, sem hesitar, reedita as piores práticas das oligarquias locais. A Suzano abdicar do seu discurso de sustentabilidade para os “investidores ingleses assistirem” e assumir o seu lado Hyde não deve ter sido fácil. Ou será que foi? Afinal intimidar uma comunidade do interior do Maranhão deve contar pontos em algum índice de negócios como o da Bovespa.
As horas dispendidas pelos trabalhadores da Suzano na derrubada da cerca família Domingues aparecem como? Como horas extras? Quanto a empresa pagou por esse serviço? No rebolo de gente, os funcionários da Suzano, protegidos por uma empresa de segurança, destruíram os tijolos na posse da Dona Graça, membro da família Domingues.
A ação dos funcionários da Suzano se baseia em uma liminar obtida ilegalmente a partir de um documento de compra de 148 hectares num local denominado Mirim, localizado em Anapurus. Esse documento tem mais furos que um queijo suíço ou em outras palavras é uma furada mesmo. O documento da Suzano data de 11 de dezembro de 1996 enquanto que o documento da família Domingues data de 08 de janeiro de 1966.
Traça-se uma nova dinâmica para o eucalipto em todo mundo o referendando como espécie de valor climático excelente como se as espécies nativas não o fossem vide o caso das espécies do Cerrado e da Caatinga. Mudam-se os nomes e os motivos, mas o caráter usual com o qual as elites maranhenses adornam a grilagem de terras e a intimidação de comunidades continua o de sempre. Esse foi o caso de um conselheiro do TCE do Maranhão que apertaria as mãos dos seguranças da Suzano caso estivesse por perto.
Mayron Régis
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