quinta-feira, 16 de abril de 2015

Justiça Federal suspende despejo de 78 famílias do acampamento Cipó Cortado no município de João Lisboa

       aldir
A 1ª Vara da Justiça Federal de Imperatriz suspendeu ordem de despejo, que resultaria na expulsão de 78 famílias do acampamento Cipó Cortado, localizado no município de João Lisboa, região Tocantina. A resistência das famílias já passa dos três anos, enfrentando ordens de despejos e ataques de jagunços e policiais militares, inclusive com inúmeros tiroteios na área, proporcionando pavor em idosos e crianças. É uma vida de dor e muito sofrimento, diz o advogado Diogo Cabral, da Comissão Pastoral da Terra e da Fetaema, que defende os direitos das famílias e portador do pleito dos acampados. A Justiça Federal entendeu que a União, ao desafetar o imóvel itigioso à regularização fundiária e, simultaneamente a manifestar o interesse em acometê-lo ao programa de reforma agrária ficou bem evidente que a União não pretende destiná-lo aos autores da ação, antigos grileiros de terra da região Tocantina, mas aos acampados que se enquadrem no perfil  que disciplina os princípios definidos para a reforma agraria. Diogo Cabral também registra que uma área de 1,5 milhão de hectares foi transferida pelo Ministério do Desenvolvimento Agrária, desde o último mês de fevereiro para o INCRA elaborar projeto de reforma agrária.
          Para a Procuradoria Especializada do INCRA, os postulantes à área visam a especulação imobiliária de imóveis da União, o que tem sido um fato constante nos conflitos agrários em todo o Estado do Maranhão, mais precisamente na região Tocantina. A área de Cipó Cortado faz parte dos inúmeros problemas citados pelo extinto Padre Victor Asselim, em seus estudos sobre a grilagem de terras no Estado. Os pretendentes à área em questão têm a causa patrocinada pelo escritório de advocacia de Sálvio Dino Jr e os trabalhadores através da Fetaema e da CPT é sustentada pelo advogado Diogo CabralAldir Dantas

Nenhum comentário:

Postar um comentário