A mangaba é uma fruta típica do cerrado e das áreas de restinga do
Nordeste. Em Sergipe, maior produtor nacional, a mangaba garante o
sustento de muitas famílias.
O Povoado Pontal, na região sul de Sergipe, onde é tempo de safra, está
cheio de mangabeiras e fruta no pé. Todos os dias, as catadoras da
fruta seguem o mesmo caminho. A colheita é sempre animada. Em pouco
tempo tem mangaba no chão e baldes cheios.
A frutinha, de aparência frágil move cerca de cinco mil famílias do
estado. De novembro a junho não falta mangaba em Sergipe. A cultura da
mangaba é extrativista e ocupa 39 mil hectares.
Mangaba é uma palavra de origem indígena e significa coisa boa de
comer. Foi no sabor que as catadoras descobriram que podem colher mais
frutos. Há três anos, fizeram cursos e se organizaram. Hoje, há oito
associações na região.
"Nós do projeto trabalhamos no sentido de organizá-las nesse processo
de produção e dar qualidade a esse produto que hoje elas comercializam
no Brasil inteiro”, diz Mirsa Barreto, coordenadora do projeto.
A mangaba ganhou muitas versões. Com a fruta são preparados bolo,
torta, bombom, licor, geleia e compota. Juntando a venda da fruta in
natura com a venda dos produtos, cada catadora tira uma média de R$
800,00 por mês.
Com a renda da mangaba a catadora Josefina dos Santos realizou um
antigo sonho de mobiliar a casa. “Tudo aqui foi comprado com a renda da
mangaba. Mangaba é a minha vida porque sem a mangaba não sou nada”, diz.
Cada catadora consegue apanhar uma média de 40 caixas de mangaba por dia durante a colheita, que dura oito meses.
globo rural
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