domingo, 14 de setembro de 2014

Sem-terras reclamam de lentidão do Incra em desapropriação de fazenda


Ocupantes vivem em acampamentos e dividos em dois grupos. Ocupantes vivem em acampamentos e dividos em dois grupos. (Crédito foto: Do G1 MA, com informações da TV Mirante)
Em Carolina, no sul do estado, trabalhadores rurais sem terra que invadiram uma fazenda há cinco anos reclamam da lentidão do Incra na conclusão do processo de desapropriação. Os herdeiros do dono da fazenda, que reivindicam a propriedade das terras, conseguiram na justiça uma liminar de reitegração de posse.

Cinquenta e duas famílias de trabalhadores rurais exigem a desaporpiação de dois mil hectares para reforma agrária. O local, que hoje é chamado pelos ocupantes de Recanto da Natureza, já foi até dividido entre eles: oito hectares para cada familia.

Os trabalhadores alegam que as negociações com o Instituto de Colonização e Reforma Agrária são lentas. Há mais de cinco anos, as familias ocupam parte da terra e, no dia 21 de agosto deste ano, o grupo decidiu ocupar o restante da fazenda por causa da demora no processo com o Incra.

"Eles não compareceram aqui ainda para dar uma decisão para a gente. A gente está esperando eles chegarem aqui para saber o que vão fazer", afirmou o ocupante Manoel Reginaldo da Silva Vieira.

Os ocupantes vivem em acampamentos e dividos em dois grupos. Na sede da fazenda, nenhum responsável pelo local foi encontrado. Essa semana, a Justiça concedeu uma liminar de reintegração de posse que, de acordo com os ocupantes, teria sido reivindicada por dois herdeiros da fazenda.

Maria das Graças, uma das ocupantes, explica que independentemente do posicionamento do Incra, o grupo não vai sair da fazenda. "Pode vir nova reintegração, mas nós vamos continuar lutando. São cinco anos lutando e nós não vamos sair", afirmou.

A direção do Incra em São Luís ainda não se pronunciou sobre o andamento do processo de desapropriação da fazenda em Carolina.

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