A Br-316 está bloqueada na altura do
povoado Buriti-Corrente, divisa entre Codó e Caxias, desde as primeiras
horas da manhã desta quarta-feira (5).
152 famílias estão protestando contra
uma decisão do Tribunal de Justiça do Maranhão, datada de 31 de agosto,
que manteve uma ordem de reintegração de posse a favor da empresa Costa
Pinto Industrial, Pecuária e Agrícola S/A, que trava luta contra os
agricultores desde 2009, quando eles foram expulsos por ordem judicial
pela primeira vez.
Agora eles querem que a Justiça mude a decisão.
“Nós só sairemos daqui
com a negociação, pode durar duas horas, três horas, dois dias, dez
dias, vai ficar fechada, vai passar só ambulâncias, escolares, o pessoal
da hemodiálise, os demais não só se matar todos nós”,disse o agricultor
Evangelino Costa
INCRA
Os manifestantes também querem que o
INCRA ajuíze uma ação de desapropriação das 2.568 hectares de terra em
questão, cujo prazo termina dia 20 de setembro.
“Se não houver esta
ação de desapropriação até o dia 20 próximo, esse decreto ele vai
expirar e aí fortalece, ainda mais, a possibilidade de um despejo
violento”, explicou o advogado da FETAEMA, Diogo Cabral, que está no
local com as famílias
Para pressionar o INCRA, estão buscando
ajuda da Ouvidoria Agrária Nacional, quanto a decisão de reintegração
esperam ser atendidos pelo Corregedor-geral de Justiça, Cleones Cunha,
na próxima segunda-feira.
AÇÃO DA PRF
Enquanto isso, filas cada vez maiores,
nos dois sentidos da rodovia, estão se formando sob o olhar, por
enquanto inerte, da Polícia Rodoviária Federal que, segundo o chefe de
Operações, Eliade Brandão, já está se preparando para agir
“Caso não cheguemos à
um acordo, consenso será utilizada a força ou outra medida necessária
para que garanta às pessoas o seu direito de ir e vir”, afirmou o
policial rodoviário
INDIGNADOS
Quem espera mostra indignação com o protesto e coma falta de solução para o caso.
“aí ficamos aqui
passando fome, a deriva do sol sem ter nem o que comer, se tivesse
alguma coisa, mas não tem, estamos aqui há horas parados e não sabemos
nem que horas vai ser liberado isso aqui”, reclamou o empresário
Raimundo Nonato Sousa Mourão
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