quarta-feira, 5 de setembro de 2012

PROTESTO: Agricultores de Buriti-corrente interditam BR-316


Famílias dançam como índios na pista fechada
A Br-316 está bloqueada na altura do povoado Buriti-Corrente, divisa entre Codó e Caxias, desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira (5).
152 famílias estão protestando contra uma decisão do Tribunal de Justiça do Maranhão, datada de 31 de agosto, que manteve uma ordem de reintegração de posse a favor da empresa Costa Pinto Industrial, Pecuária e Agrícola S/A,  que trava luta  contra os agricultores desde 2009, quando eles foram expulsos por ordem judicial pela primeira vez.
Agora eles querem que a Justiça mude a decisão.
 “Nós só sairemos daqui com a negociação, pode durar duas horas, três horas, dois dias, dez dias, vai ficar fechada, vai passar só ambulâncias, escolares, o pessoal da hemodiálise, os demais não só se matar todos nós”,disse o agricultor Evangelino Costa
INCRA
Árvores inteiras estão sobre a pista em dois lugares
Os manifestantes também querem que o INCRA ajuíze uma ação de desapropriação das 2.568 hectares de terra em questão, cujo prazo termina dia 20 de setembro.
 “Se não houver esta ação de desapropriação até o dia 20 próximo, esse decreto ele vai expirar e aí fortalece, ainda mais, a possibilidade de um despejo violento”, explicou o advogado da FETAEMA, Diogo Cabral, que está no local com as famílias
Para pressionar o INCRA, estão buscando ajuda da Ouvidoria Agrária Nacional, quanto a decisão de reintegração esperam ser atendidos pelo Corregedor-geral de Justiça, Cleones Cunha,  na próxima segunda-feira.
AÇÃO DA PRF
Fila de caminhões, ônibus, vans
Enquanto isso, filas cada vez maiores, nos dois sentidos da rodovia, estão se formando sob o olhar,  por enquanto inerte, da Polícia Rodoviária Federal que, segundo o chefe de Operações, Eliade Brandão, já está se preparando para agir
 “Caso não cheguemos à um acordo, consenso será utilizada a força ou outra medida necessária para que garanta às pessoas o seu direito de ir e vir”, afirmou o policial rodoviário
INDIGNADOS
Quem espera mostra indignação com o protesto e coma falta de solução para o caso.
 “aí ficamos aqui passando fome, a deriva do sol sem ter nem o que comer, se tivesse alguma coisa, mas não tem, estamos aqui há horas parados e não sabemos nem que horas vai ser liberado isso aqui”, reclamou o empresário Raimundo Nonato Sousa Mourão
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