Outros 17 municípios já decretaram estado de emergência por falta d'água.
Projeto de irrigação existe há 20 anos na região, mas sem funcionar.
Os animais sugam a lama nos açudes secos e a estiagem vem deixando os vaqueiros desolados no semi-árido maranhense. Nove mil famílias de agricultores foram afetadas pela seca na cidade de Magalhães de Almeida, um dos 18 municípios maranhenses em estado de emergência. Metade da safra já foi perdida no campo, como conta o agricultor Bernardo de Araújo Carvalho, cuja colheita praticamente não rendeu. "Em uma roça como esta, se tivesse chovido, eu teria tirado de 40 a 50 safras de milho, mas desta forma, não vou tirar nem 5", comentou ele.
O drama das famílias da região deveria ter sido resolvido há 20 anos, se o projeto de irrigação de responsabilidade do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) estivesse funcionando plenamente. O projeto Tabuleiros Costeiros deveria irrigar uma área com 26 mil hectares em uma das regiões que menos chove no nordeste, mas a rede de canais que levaria a água até as lavouras nunca foi concluída e se encontra, atualmente, perdida no meio do matagal.
Lavrador caminha por plantação com colheita perdida (Foto: Reprodução/TV Mirante)
O açude com milhões de metros cúbicos de água fica a poucos metros de algumas lavouras, onde as perdas passam de 30% por causa da estiagem.
Segundo o coordenador do Dnocs, José Carvalho Rufino, o projeto de irrigação da região está incluído na segunda etapa do Pac, programa de aceleração do crescimento, e deve ser concluído até 2014.
Do G1 MA com informações da TV Mirante
http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2012/06/seca.html
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