O documento divulgado hoje (22) critica as instituições financeiras
multilaterais, as coalizações a serviço do sistema financeiro, como o G8
e G20, a captura corporativa das Nações Unidas e a maioria dos
governos, “por demonstrarem irresponsabilidade com o futuro da
humanidade e do planeta”.
A declaração ressalta que houve retrocessos na área dos direitos
humanos em relação ao Fórum Global, que reuniu a sociedade civil também
no Aterro do Flamengo, durante a Rio92.
“A Rio+20 repete o falido roteiro de falsas soluções defendidas pelos
mesmos atores que provocaram a crise global. À medida que essa crise se
aprofunda, mais as corporações avançam contra os direitos dos povos, a
democracia e a natureza.”
A economia verde, tão festejada na Rio+20 por líderes mundiais e
empresários, foi desqualificada pelos participantes da cúpula. “A dita
economia verde é uma das expressões da atual fase financeira do
capitalismo que também se utiliza de velhos e novos mecanismos, tais
como o aprofundamento do endividamento público-privado, o super-estímulo
ao consumo, a apropriação e concentração de novas tecnologias.”
O documento exige o reconhecimento do trabalho das mulheres e afirma o
feminismo como instrumento da igualdade e a autonomia das mulheres sobre
seus corpos. Também enfatiza o fortalecimento das economias locais como
forma de garantir uma vida sustentável.
Ao final são destacados oito eixos de luta e termina com uma exortação à
mobilização. “Voltaremos aos nossos territórios, regiões e países
animados para construirmos as convergências necessárias para seguirmos
em luta, resistindo e avançando contra os sistemas capitalista e suas
velhas e renovadas formas de reprodução”.
A íntegra da declaração final pode ser acessada na página da Cúpula dos Povos na internet, no link: http://cupuladospovos.org.br/wp-content/uploads/2012/06/Carta-final_Cupula-dos-Povos.pdf.
http://agenciabrasil.ebc.com.br
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