Comissão quer esclarecer casos de violência contra trabalhadores rurais
IMPERATRIZ — A Comissão Nacional de Combate a Violência no Campo vai se
reunir com delegados de polícia, representantes do Ministério Público e
Poder Judiciário, dentre outros, para solicitar maior agilidade em
inquéritos policiais e processos em que trabalhadores rurais sejam
vítimas de violência no Maranhão.
Desde
a manhã desta quarta-feira (02) três membros dessa comissão
acompanhados do superintendente regional do Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (INCRA), José Inácio Rodrigues, estão em
Imperatriz para atender uma pauta de doze processos.
A
meta do Ouvidor Agrário nacional, Gercino Silva e do presidente da
Comissão de Ética do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Claúdio
Braga é propor acordos extrajudiciais com os posseiros e proprietários
de terra para agilizar a liberação de áreas em processo para fins de
reforma agrária no Estado.
Dentre
os processos que estão na pauta de trabalho estão os acampamentos “Lote
7”, “Cipó Cortado”, “Batata da Terra”,” Toca da Raposa”, “ Estrada do
Arroz” e “Fazenda Arizona”. Todos estão localizados na Região Tocantina.
Apesar
do anuncio dessa pauta, Claudio Braga disse que o trabalho pode
aumentar em razão de a comissão sempre abrir espaço na agenda para ouvir
demanda de ultima hora de um trabalhador que tenha chegado de longe.
Claudio
Braga ressaltou que as superintendências regionais do INCRA elaboram a
pauta a partir daqueles casos que não conseguiu resolver.
A
coordenadora do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST),
Gilvânia Ferreira disse que a vinda da Comissão Nacional de Combate a
Violência no Campo renova a esperança dos trabalhadores na abertura de
um canal de negociação para fazer avançar a reforma agrária no Estado.
“A
nossa expectativa enquanto movimento social é que nessa audiência, que é
resultado inclusive da mobilização do 16 e 17 de abril em Imperatriz,
que a gente consiga dar encaminhamento a esses processos porque tem
áreas aguardando quatro anos pela emissão de posse, uma decisão
judicial”, ressaltou Gilvânia Ferreira. Ela acrescentou vários
trabalhadores rurais estão acampados há 6 anos e as terras são da União.
Depois
de promover audiências na unidade do INCRA em Imperatriz, até
sexta-feira, a Comissão Nacional pretende visitar uma área de terra no
município de Santa Quitéria e uma nas proximidades de São Luis.
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