MULHERES APINAJÉ
REALIZAM OFICINA SOBRE EXTRAÇÃO DO BABAÇU
Com a finalidade de
multiplicar e transmitir conhecimentos, saberes e práticas sobre a extração e
aproveitamento do coco babaçu aos mais jovens, nos
dias 18 e 19 de
dezembro de 2013, foi realizada na aldeia Areia Branca, no município de
Tocantinópolis, Estado do Tocantins, 2ª etapa da Oficina das Mulheres
Indígenas
Apinajé Sobre A Extração e o Beneficiamento do Babaçu. O evento foi
realizado
pelas mulheres Apinajé, com apoio da CGETNO/FUNAI/BSB e CTL de
Tocantinópolis (TO). Ao menos 40 lideranças mulheres vindas de 18
aldeias
participaram da oficina.
Mulheres Apinajé na oficina na aldeia Areia Branca. (foto:
Antônio Veríssimo. Dez. 2013)
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A 1ª etapa da Oficina de Intercâmbio Sobre
a Extração e Beneficiamento do Babaçu, foi realizada nos dias na aldeia
Mariazinha e contou com a participação de (3) três mulheres do MIQCB-Movimento
Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu da cidade de São Miguel do
Tocantins (TO), que vieram compartilhar com as mulheres Apinajé, suas
experiências e práticas sobre as atividades de extração, aproveitamento e comercialização
do babaçu.
Nas (2) duas primeiras etapas de oficinas,
as mulheres Apinajé demostraram bastante desenvoltura e habilidade na quebra do
coco babaçu, na extração do mesocarpo e retirado do azeite da amêndoa. Muito
animadas e interessadas, as participantes manifestaram que querem continuar
aprimorando o que já sabem e aprendendo novas técnicas de beneficiamento e uso
do babaçu e aplicando esses conhecimentos para aproveitar os potenciais
recursos da palmeira do babaçu; que envolvem a utilização do coco, da casca, da
palha e adubo do babaçu.
Ressaltamos que há milhares de anos nossos
antepassados desenvolveram técnicas próprias de uso especialmente da palha do
babaçu. E até os dias de hoje nosso cotidiano está intimamente ligado ao uso dessa
palmeira. Além da extração do óleo e mesocarpo, nossos conhecimentos sobre
fabricação de esteiras, cestos e ornamentos corporais utilizados nas festas, ainda
estão sendo transmitidos aos jovens.
No contexto regional esses encontros e
oficinas focados na troca de conhecimentos, preservação dos cocais e a geração
de renda para as mulheres indígenas e não índias são importantes ainda para
fortalecer a luta e a resistência contra as plantações de eucaliptos e
hidrelétricas que estão invadindo o Norte do Tocantins e ameaçando a vida das
populações rurais e urbanas de nossa região.
A 3ª etapa da Oficina de Intercâmbio será realizada na 1ª quinzena de janeiro
de 2014, na cidade de São Miguel do Tocantins no Bico do Papagaio.
Terra Indígena Apinajé,
24 de dezembro de 2013.
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