©Renata Neder
Em julho de 2014, um fazendeiro local invadiu parte do território da comunidade de São José de Bruno, onde desflorestou, cercou parte da área e soltou gado ali, impedindo que algumas das famílias do quilombo cultivassem sua colheita nas terras.
Após várias tentativas da comunidade de protestar contra as ações do fazendeiro, este colocou um pistoleiro para patrulhar a área. O fazendeiro também ameaçou verbalmente alguns dos membros da comunidade e disse que tinha a intenção de assumir as terras, que estas pertenciam a ele, e que “inclusive poderia haver mortes”. Cerca de 20 famílias da comunidade estavam sendo ameaçadas e intimidadas.
A Anistia Internacional lançou uma Ação Urgente sobre o caso em outubro de 2014, o que gerou mobilização global através da Rede de Ações Urgentes. Pessoas do mundo todo enviaram cartas ao Secretário de Segurança Pública e ao Presidente do Instituto de Terras do Maranhão, pedindo proteção para a comunidade e exigindo que as ameaças fossem investigadas.
Em 19 de dezembro de 2014, a polícia local deteve cinco homens armados que estavam patrulhando a comunidade. Um dos homens ficou sob custódia e foi formalmente acusado. Ele foi libertado sob fiança alguns dias depois, mas enfrentará acusações por ameaçar a comunidade.
Esta detenção foi precedida por uma resolução judicial a favor da comunidade, emitida em resposta a uma petição apresentada em 14 de outubro de 2014 pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais, que solicitava que o Estado empreendesse ações para proteger a comunidade frente à invasão de suas terras. Em seguida, o fazendeiro local que estava tentando invadir as terras da comunidade abandonou a região
Nenhum comentário:
Postar um comentário