quinta-feira, 12 de julho de 2012

Trabalhadores sem terra vivem em condições precárias no sul do Estado




Assentamento abriga mais de 56 famílias próximo às margens da BR-230.
Trabalhadres esperam desapropriação de terreno para reforma agrária.

Francisco Garcia TV Mirante
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Trabalhadores sem terra, acampados às margens da BR-230, em Carolina, no sul do estado, denunciam que aguardam há mais de dois anos a desapropriação de uma fazenda a fins de reforma agrária. Os trabalhadores reclamam que estão vivendo em condições sub-humanas.

A 30 quilômetros da cidade de Carolina, crianças e idosos vivem em situação de miséria no assentamento sem terra. Mais de 100 pessoas têm como endereço as margens da BR-230. No local falta água, luz e comida para estes maranhenses que sonham com um pedaço de terra. As poucas crianças que estudam seguem até Carolina sob o sol forte, em uma carroça que não tem qualquer tipo de proteção. O pequeno Marcos Avelar, de apenas 8 anos, conta que tem medo de cair do veículo que balança muito, mas nem ele, nem as outras crianças do assentamento têm acesso a outra forma de transporte. Quando chegam da escola, as crianças dividem, com os animais, o local de estudo.

As 56 famílias vivem em condições sub-humanas há dois anos, enquantam aguardam uma decisão do Incra para que possam tomar posse da terra. Sobre o processo de desapropriação do terreno para reforma agrária, o Incra informou que a propriedade foi vistoriada e classificada como improdutiva. O processo, agora, deverá ser encaminhado a Brasília para a assinatura do decreto, declarando a área de interesse social para fins de reforma agrária. A previsão é de que, até o fim do ano, o processo seja finalizado e o assentamento criado.

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