Uma área total correspondente a
quase 35 mil hectares, que segundo o Ministério Público do Estado vinha
sendo utilizada inadequadamente na plantação de eucalipto comercial,
provocando devastação nos remanescentes da Mata Atlântica no Extremo Sul
do estado, será adequada ambientalmente e passará a ser monitorada.
Isso será possível depois que o Ministério Público estadual, por meio da
Promotoria de Justiça Ambiental Regional de Teixeira de Freitas, a 884
km de Salvador, promoveu a assinatura de um Termo de Ajustamento de
Conduta (TAC) envolvendo a Suzano Papel e Celulose S. A. e Fibria
Celulose S. A. Cumprindo termos do documento, o promotor de Justiça
Fábio Fernandes Corrêa acaba de fechar 119 termos de adesão ao TAC,
envolvendo 148 fomentados e 209 propriedades rurais.
Conforme o TAC, a partir de agora as
empresas de celulose terão entre as obrigações o custeio de análise
técnica nas propriedades de terceiros com os quais mantêm fomento para a
produção do eucalipto. Essa análise verificará a adequação ambiental do
empreendimento e, caso necessário, orientará a restauração florestal
conforme as mais modernas metodologias que serão indicadas pelo
Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (LERF) da USP de
Piracicaba, referência nacional no assunto segundo Fábio Corrêa. Para o
promotor de Justiça, esse é um passo importante vez que a área de
34.656,39 hectares, que será adequada ambientalmente, encontra-se no
corredor central da Mata Atlântica, “um dos hot spots de preservação
ambiental do mundo.”
Defesa do meio ambiente
Fábio Corrêa considera também que o sucesso da ação teve como fator preponderante a atuação regional na defesa do meio ambiente, conforme modelo recentemente implantado pelo MP baiano com as Promotorias Regionais Ambientais. Ele ressalta que, além das empresas e do MP, estão envolvidos no compromisso o LERF, que é vinculado à Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, de São Paulo; o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora); a Sysflor Certificações de Manejo e Produtos e a Fundação José Silveira. Juntas, elas contribuirão para a restauração florestal das áreas de reserva legal, preservação permanente e remanescentes de Mata Atlântica, referente a posse dos imóveis rurais vinculados aos contratos que mantém com produtores florestais.
Da mesma forma, essas instituições
custearão a análise técnica que possibilitará a identificação da
potencialidade de restauração das áreas de reserva legal, preservação
permanente e remanescentes de Mata Atlântica, bem como a forma como será
realizada; a elaboração de plantas planimétricas com grade de
coordenadas geográficas das posses dos imóveis rurais envolvidos,
identificando os remanescentes de Mata Atlântica, as áreas de
preservação permanente, a área proposta para a reserva legal, as
plantações de eucalipto; a elaboração de um Plano de Revegetação,
Recuperação ou Enriquecimento Vegetal (PREV) contemplando o devido
monitoramento de modo a garantir o êxito da restaração florestal; e a
aquisição de mudas prioritariamente dos núcleos de produção vinculados
ao Programa Arboretum de Conservação e Restauração da Diversidade
Florestal para o cumprimento da PREV, caso a análise técnica aponte sua
necessidade. A Suzano e a Fibria têm um prazo de dois meses para
apresentar um cronograma ao MP a fim de que as visitas comecem a ser
feitas às propriedades.
Por: Sulbahianews/ Ascom/MP
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Obrigações
Defesa do meio ambiente
Fábio Corrêa considera também que o sucesso da ação teve como fator preponderante a atuação regional na defesa do meio ambiente, conforme modelo recentemente implantado pelo MP baiano com as Promotorias Regionais Ambientais. Ele ressalta que, além das empresas e do MP, estão envolvidos no compromisso o LERF, que é vinculado à Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, de São Paulo; o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora); a Sysflor Certificações de Manejo e Produtos e a Fundação José Silveira. Juntas, elas contribuirão para a restauração florestal das áreas de reserva legal, preservação permanente e remanescentes de Mata Atlântica, referente a posse dos imóveis rurais vinculados aos contratos que mantém com produtores florestais.
Custeio
Por: Sulbahianews/ Ascom/MP
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