SÃO
LUÍS - O Maranhão produz anualmente cerca de 5 milhões de litros de
cachaça, sendo que metade da produção é oriunda da região do Sertão.
Sucupira do Riachão, que é um dos municípios que se destacam na
produção da bebida, sediou no último fim de semana, no Sítio Vertentes,
o lançamento da Cachaça Vale do Riachão.
O
secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima), Cláudio Azevedo,
que também é presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae, participou
do lançamento da cachaça e elogiou a iniciativa do empresário Erivan
Holanda em investir na qualidade do produto.
“É
bom saber que no Maranhão existem homens com a visão do empresário
Erivan Holanda que está aqui dando uma demonstração do seu
empreendedorismo, construindo uma fábrica de cachaça como essa, nos
padrões de Minas Gerais, e dentro das exigências feitas pelo Ministério
da Agricultura, enfim, mostrando que é possível fabricar um produto de
qualidade no interior maranhense”, afirmou Cláudio Azevedo.
Segundo
o secretário Cláudio Azevedo, a Sagrima apoiou o empresário Erivan
Holanda e a Secretaria Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
(Sema) emitiu a licença ambiental para que o investidor desse
continuidade ao empreendimento.
O empresário
Erivan Holanda informou que a fábrica tem capacidade para produzir,
diariamente, mil litros de cachaça de cana de açucar. O lançamento
aconteceu no Sitio Vertentes, onde é feito todo o processo de
fabricação da cachaça Vale do Riachão. Também estiveram presentes no
evento, o prefeito de Sucupira do Riachão, Juvenal Leite, vereadores,
secretários municipais, empreendedores locais e líderes de entidades.
Atualmente,
os municípios que mais produzem cachaça na região do Sertão, são
Colinas, Pastos Bons, São Domingos do Azeitão, São João dos Patos,
Sucupira do Norte e Sucupira do Riachão.
De acordo
com o Estudo de Mercado da Cachaça do Sertão Maranhense, que faz parte
das ações do Projeto Alambiques do Sertão Maranhense, desenvolvido em
2007, pelo Sebrae-MA, o estado possui cerca de 450 alambiques.
A
região dos Sertões abriga 216 engenhos, que produzem 12 mil
litros/cada. No entanto, a demanda de consumo dos municípios é estimada
em 15,5 milhões de doses/ano. “Mais da metade da preferência de consumo
da região é pela cachaça. A cerveja aparece em segundo lugar, com
28,42% da preferência”, apontam os estudos do Sebrae.
Apesar
do otimismo dos números, o índice de informalidade no mercado da
cachaça é preocupante. Segundo estudos recentes, cerca de 98% dos
alambiques atuam na informalidade.
O
desenvolvimento, a elevação da qualidade da produção e a
comercialização da cachaça produzida no Maranhão foi pauta de recente
encontro, que reuniu gestores da Sagrima, do Sebrae, Federação das
Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), Banco do Nordeste e da
Federação da Agricultura e Pecuária do Maranhão (Faema).
O
objetivo da parceria entre as instituições é o de ter um enfoque
empresarial e industrial da cachaça, contribuindo para o aumento da
qualidade dos produtos e conquistar espaços para comercialização em
estabelecimentos dentro e fora do estado.
As informações são da Secom Estadual.
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