quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O MAU AGOURO DA SOJA E DO EUCALITPO NO BAIXO PARNAIBA MARANHENSE


As comunidades do Baixo Parnaiba maranhense revisam seus territórios como um escritor revisaria seus artigos antes da publicação no formato de um livro. Quem escreve sabe o quanto rever seus artigos logo depois de escrevê-los com os gabaritos de um crítico infelicita a sua leitura. Cabe a dolorosa dúvida sobre o que se inscreveu no papel ou no computador no calor do embate: “Que história das comunidades do Baixo Parnaiba maranhense averbar-se-á para os moradores dessas comunidades, afinal tanto e tão pouco de informação e de cultura chegam para essas comunidades e o que chega agoura toda uma existência”. Quando as terceirizadas da Suzano e da Margusa manobram seus tratores sobre as áreas de Chapada, vê-se nisso um mau agouro como nunca recaíra antes sobre quaisquer comunidades. Os bacurizeiros para as comunidades agroextrativistas tremulam sobre as Chapadas em suas novas e antigas formas que muitas vezes convergem para embarcações encalhadas em um tempo que não se fala mais. A safra de bacuri atrai as comunidades agroextrativistas para essa esquadra que, antes da safra se aprontar, floresce em vermelho e amarelo para depois amadurecer.  O contraveneno ou o contrafeitiço para o mau agouro do eucalipto e da soja está justamente nesses bacurizeiros que encalharam nos Cerrados maranhenses.

 Mayron Régis

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