Tipo de violência: Agressão contra o patrimônio
Nome(s): Território Indígena Apinajé
Número de pessoas: População 2.187
Povo(s): Apinajé
Data: 15/07/2013
Terra Indígena(s): Apinajé
Municípios: Tocantinópolis, São Bento do Tocantins e Maurilândia
UF: (TO)
UF: (TO)
Descrição e contexto:
Desmatamentos na divisa Oeste da área Apinajé, no município de Tocantinópolis (TO). (foto: Antônio Veríssimo. jul.
2013)
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Desde o ano de 1999, que o território Apinajé
localizado na região Norte do Estado do Tocantins, vem sendo violentamente
impactado pelos desmatamentos do cerrado e monoculturas de eucaliptos. As
primeiras plantações próximas a essa terra indígena, foram implantadas nos
municípios de Araguatins, Axixá e São Bento do Tocantins. Nos últimos anos, os
desmatamentos e também as carvoarias continuam se intensificando e se espalhando
por toda a região no entorno desta área indígena. Os licenciamentos ambientais
foram (e estão sendo) emitidos pelo NATURATINS de forma irregular, sem a
realização de Audiências Públicas, sem a participação da FUNAI e total ausência
de informações e consulta prévia ao povo Apinajé. Contrariando as leis e os
dispositivos legais, os empreendedores e o órgão licenciador estadual também
não realizaram os EIA-Estudos de Impactos Ambientais. E nenhum RIMA-Relatório
de Impacto Ambiental foi apresentado até o momento. O componente indígena foi (e
continua sendo) totalmente ignorado e desconsiderado pelas empresas e o órgão licenciador.
Dessa maneira em julho de 2012, o INSTITUTO NATUREZA DO TOCANTINS-NATURATINS
emitiu licenças para atividades de desmatamentos e carvoarias em favor de duas
empresas, a CARVOARIA VITÓRIA LTDA ME e TS DE LIMA EPP, ambas localizadas próximos
a essa terra indígena, nos municípios de Tocantinópolis e Nazaré. Existem
suspeitas que depois da retirada das madeiras para carvão, essa grande área de
cerrado que foi desmatada, vai ser ocupada pelo eucalipto
Providencias:
Providencias:
No dia 16/07/13, visitamos à região
onde estão sendo implantados esses empreendimentos e constatamos que naquele
momento não existiam máquinas (ou tratores) operando no local, porém uma grande
área, num percurso de aproximadamente 10 quilômetros na divisa da área
indígena, já tinha sido totalmente desmatada. Observamos também que as atividades
de carvoarias não foram paralisadas e continuam funcionando normalmente.
Terra Indígena Apinajé, 15 de julho de 2013.
Associação União das Aldeias Apinajé-PEMPXÀ
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