Atualmente 110 famílias que utilizam uma área de 123,41ha no povoado Mirinzal em Presidente Juscelino/MA estão
passando por uma situação de inseguridade e de grande angústia, diante
das atuais ameaças de perderem as áreas em que vivem e trabalham há mais
de 15 anos.
Histórico do Problema
Histórico do Problema
Há
cerca de 28 anos a Imobiliária Santa Mônica, abandonou uma área na
entrada do município Presidente Juscelino, que paulatinamente passou a
ser ocupada por famílias, em sua maioria oriunda do interior do
município. Sabendo que era uma área de domínio público (já que a
Prefeitura havia concedido a cessão temporária desta área à referida
empresa por um período de 10 anos), estas famílias investiram na
construção de moradias e outras benfeitorias, além de colocarem seus
roçados colaborando para tornar a área produtiva, passando a buscar
melhores condições de infra-estrutura de serviços públicos na área
peri-urbana do referido município - que hoje abriga um contingente
numeroso da população juscelinenses. Ocorre que há
aproximadamente 02 (dois) meses algumas pessoas não identificadas,
passaram a fazer serviços de medição na área da comunidade, ainda que,
sem nenhuma autorização dos moradores/as. As mesmas invadiram os
quintais das moradias, sem sequer informar o que estavam fazendo e a
mando de quem. A Prefeitura, órgão que detém informações privilegiadas
sobre a condição fundiária da aludida área, já que é pública e está sob
sua jurisdição, em princípio, se omitiu de repassar qualquer tipo de
informação às famílias que moram na refrida área. Depois de muita
pressão e de uma sessão na Câmara de Vereadores, soubemos que a atual
gestão do executivo municipal renovou o Termo de Cessão da área para a
empresa SANTA MÔNICA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS E FLORESTAIS e que a
referida cessão não passou pela homologação da Câmara de Vereadores - o
que seria obrigatório, segundo a Lei Orgânica do Município. Em paralelo,
apareceu um outro, agora suposto “proprietário” com termo de aforamento
datado da década de 1940 que vem alegando ter a posse da terra.
A princípio em ambos os casos as promessas são de que “as pessoas não serão retiradas” e que os mesmos querem “parceria” com a comunidade. Isso talvez pelo período eleitoral que se aproxima, mas que pode ter outra configuração pós eleições municipais. O fato é que as comunidades dessa região de algum tempo para cá sofrem com os ínumeros projetos de empreendimentos florestais, mineradoras, turístico, petrolíferos e imobiliário que estão chegando ( ou prometidos) na região.
A princípio em ambos os casos as promessas são de que “as pessoas não serão retiradas” e que os mesmos querem “parceria” com a comunidade. Isso talvez pelo período eleitoral que se aproxima, mas que pode ter outra configuração pós eleições municipais. O fato é que as comunidades dessa região de algum tempo para cá sofrem com os ínumeros projetos de empreendimentos florestais, mineradoras, turístico, petrolíferos e imobiliário que estão chegando ( ou prometidos) na região.
Uma das pessoas que está sob ameaça de perder sua moradia é a Senhora Rubenice Costa Rodrigues, conhecida popularmente por "Lora", agricultura familiar, apicultura, diretora da TIJUPÁ e valorosa militante da Agroecologia e da Economia Solidária, no qual integra o Fórum Estadual de Economia Solidária do Maranhão (FEESMA).
As famílias ali estabelecidas convivem em comunidade e construíram seu
patrimônio e meios de sobrevivência dentro da referida área, sendo, pelo
estabelecido em Lei, seus reais proprietários, pelo tempo em que já
residem e trabalham na mesma. Independente da atual situação da área (se
pública ou privada), os moradores e/ou trabalhadores estão decididos a
buscar a titularização, fazendo valer seus direitos. Para isso já foram
encaminhandas diversas ações em conjunto com o STTR, outras organizações
da sociedade civil de Presidente Juscelino, do território, entidades
parceira (SMDH, Fórum Carajás, entre outras), com o acompanhamento da
Associação Agroecológica TIJUPÁ, parceiras das organizações de
Presidente Juscelino a mais de 15 anos.
A Empresa Santa Mônica
De santa realmente essa empresa do ramo imobiliário que recentemente acrescentou em seu contrato social "Empreendimentos Florestais" não tem nada! A mesma possui vários processos na justiça federal, inclusive sendo réu em ações movidas pelo INCRA e ITERMA. Além da área de Mirinzal que atualmente a empresa diz estar solicitando a emissão de posse, também esta causando conflito no povoado Boa Vista dos Brandãos, também em P. Juscelino, onde novamente alega ser dona de todo o povoado, ameaçando a posse das famílias que moram e trabalham a décadas naquele local.
Ao nosso ver, a Prefeitura de Presidente Juscelino poderia acabar com o problema em Mirinzal que ela mesma começou, sabendo que na área moram e trabalham 110 famílias a mais de 15 anos e que inclusive estão organizadas em associação, poderia revogar o termo de aforamento dado a Santa Mônica e passar a posse coletiva pela a Associação.
No próximo dia 17/01 estão reunidas no STTR de P. Juscelino várias organizações do estado para discutir esse problema, todos estão convidados a participar, o povo de Mirinzal esta precisando de todo apoio possível. Quem estiver interessado pode fazer contato através do e-mail da TIJUPÁ - tijupa@gmail.com ou tijupa@aatijupa.org.
A Empresa Santa Mônica
De santa realmente essa empresa do ramo imobiliário que recentemente acrescentou em seu contrato social "Empreendimentos Florestais" não tem nada! A mesma possui vários processos na justiça federal, inclusive sendo réu em ações movidas pelo INCRA e ITERMA. Além da área de Mirinzal que atualmente a empresa diz estar solicitando a emissão de posse, também esta causando conflito no povoado Boa Vista dos Brandãos, também em P. Juscelino, onde novamente alega ser dona de todo o povoado, ameaçando a posse das famílias que moram e trabalham a décadas naquele local.
Ao nosso ver, a Prefeitura de Presidente Juscelino poderia acabar com o problema em Mirinzal que ela mesma começou, sabendo que na área moram e trabalham 110 famílias a mais de 15 anos e que inclusive estão organizadas em associação, poderia revogar o termo de aforamento dado a Santa Mônica e passar a posse coletiva pela a Associação.
No próximo dia 17/01 estão reunidas no STTR de P. Juscelino várias organizações do estado para discutir esse problema, todos estão convidados a participar, o povo de Mirinzal esta precisando de todo apoio possível. Quem estiver interessado pode fazer contato através do e-mail da TIJUPÁ - tijupa@gmail.com ou tijupa@aatijupa.org.
Pedimos que divulguem o máximo mais esse caso de violação de direitos para que possamos conseguir garantir a permanência das famílias em suas terras.
Fábio Pacheco
http://www.aatijupa.org/2012/01/familias-em-presidente-juscelino-ma.html#links
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