quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Professor da UEMA realiza pesquisa sobre metais tóxicos no Cerrado maranhense

Professor da UEMA realiza pesquisa sobre metais tóxicos

O Centro de Estudos Superiores de Imperatriz (CESI) da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) desenvolve, por meio do professor Jorge Diniz de Oliveira, diretor do Curso de Ciências e doutor em Química, uma pesquisa com o tema “Metais potencialmente tóxicos e fitólitos em solos do Cerrado Sudoeste do Maranhão: implicações ambientais”, que pode contribuir significativamente para a agricultura no Maranhão.
O pesquisador justifica os estudos, devido a superfície do Maranhão ser composta por 43,3% do Bioma Cerrado. A ação antrópica, apresentada, sobretudo na forma de atividades econômicas, segundo ele, tem conduzido, ao longo dos anos, a ocupação desordenada da região do Cerrado sudoeste do Maranhão, em especial por expansão do cultivo de soja e, consequentemente, a sua rápida degradação ambiental tem causado modificações neste Bioma.
Diniz diz que o teor natural, mobilidade e biodisponibilidade dos metais potencialmente tóxicos (MPT) nos solos vêm sendo determinados para várias regiões brasileiras, porém muito pouco tem sido investigado para a região dos Cerrados (MARQUES et al., 2004). “A expansão agrícola gera um novo cenário no Cerrado do Sudoeste do Maranhão, onde a entrada de defensivos agrícolas, resíduos orgânicos e inorgânicos, fertilizantes e corretivos pode conduzir ao aumento dos teores de MPT no sistema solo”, disse.
Essa preocupação, explica o professor, leva em consideração elementos essenciais como Fe, Cu, Zn e Mn, mas principalmente os elementos não essenciais às plantas como o Pb, Cr e Cd, recente nos fertilizantes que oferecem risco à saúde humana.
O pesquisador afirma que no Maranhão não tem registro de estudos de fitólitos e metais potencialmente tóxicos em solos do Bioma Cerrado para fins de interpretação da gênese do solo. “Sendo assim, justifica-se elaborar uma pesquisa utilizando metais potencialmente tóxicos e fitólitos como indicadores de avaliação de impactos ambientais”, acredita.
O universo da pesquisa mostra 18 áreas do Cerrado com impactos diferentes, localizadas nos municípios de Carolina, Riachão e Balsas, e objetiva quantificar os fitólitos e metais potencialmente tóxicos em ambientes antropizado e natural, bem com estabelecer comparação de valores encontrados entre os dois ambientes investigados, visando a utilização dos fitólitos e MPT como indicadores de impactos ambientais nesse ecossistema.
O resultado dos estudos, pesquisados pelo professor Jorge Diniz, são sendo divulgados em Congressos e eventos científicos realizados no Maranhão e em outros estados.
Lugar: UEMA-São Luís

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