Com a má notícia de que o “eucalipto
transgênico” (ARVORES GENETICAMENTE MODIFICADAS) chegará em nossa região, foi realizado
dia 25/04/2016, no Povoado São Raimundo, zona rural do município de Urbano
Santos - um seminário para tratar sobre esse tema. O evento foi encabeçado pelo
Fórum Carajás e teve o apoio da LUSH, CASA e ASW -, como parceiros a Associação
Comunitária do Povoado São Raimundo e o STTR de Urbano Santos. O seminário teve
como palestrantes o holandês WINNIE OVERBECK - (Movimento Mundial pelas Florestas), que falou sobre “A monocultura do eucalipto e outras
monoculturas pelo Brasil e pelo mundo”; da norte-americana ANNE PETERMAN –
(Movimento contra transgenia),
explicando em inglês e interpretado por WINNIE, sobre “Campanha global contra transgênicos”; da holandesa MEREL VAN DE
MARK – também do (Movimento Mundial
pelas Florestas), que apresentou um assunto importante sobre “Indústria de celulose - Rede pelo papel Sustentável”, e do
baiano ZUZA - militante do MLT-BA (Movimento
de Luta pela Terra), que falou sobre “Conflitos
Agrários e Ambientais no Sul da Bahia”. O eucalipto transgênico é uma
grande ameaça ao meio ambiente, muito mais perigoso e devastador do que estes
que existem plantados em mais de 15 mil hectares só no município de Urbano
Santos. Os transgênicos tendem prejudicar mais a saúde das populações que
habitam a região. A transgenia de arvores foi proibida a nível mundial através
de ações dos movimentos em defesa dos direitos humanos e da vida após a Segunda
Guerra Mundial, na época, a Organização das Nações Unidas (ONU) foi a entidade
que debateu o caso em suas discussões, chegado num processo de votação, onde
daí foi aprovado a proibição da transgenia de arvores no mundo. Mas com suas
vantagens e decisões, de acordo com a Futura-Gene Brasil Tecnologia Ltda,
empresa de biotecnologia da Suzano Papel e Celulose, o Brasil torna-se o primeiro
país do mundo a plantar e liberar a comercialização do eucalipto transgênico.
Segundo a Futura-Gene, o eucalipto modificado tem 20% mais produtividade e
segundo eles, poderá ser usado para produção de madeira, papel, entre outros
itens; fato esse que para alguns pesquisadores e ambientalistas, não passou de
uma violação contra os direitos das comunidades. Como foi concedido a plantação
do eucalipto transgênico, as áreas (campos verdes), poderão até 2050 serem
ocupadas por esse projeto selvagem e ameaçador de nossas vidas no Baixo
Parnaíba. Com base em estudo desenvolvido, a liberação comercial do eucalipto
transgênico no Brasil é um erro, segundo avaliação de integrantes da Comissão
Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) é afirmado que existem ainda muitas
dúvidas científicas sobre os impactos do plantio do eucalipto transgênico e do
prejuízo para, principalmente, os pequenos produtores rurais que vivem nas
comunidades rurais e também paras as pessoas que habitam nas cidades. Além
disso, os produtos a partir da transgenia, poderão sofrer sanções no comércio
nacional e internacional. Estudiosos do assunto polêmico explicam que o
eucalipto transgênico aumenta a produtividade, isso ocorre às custas da
aceleração do processo de crescimento e amadurecimento de uma árvore de 7 anos
para 5 anos, esse período é o que a planta absorve muito mais água, causando
perigosos danos à biodiversidade. O pólen dos eucaliptos geneticamente
modificados pode ser transportado por quilômetros por insetos e pelo vento
contaminando o “mel orgânico” um
número alto de pequenos produtores, que serão prejudicados na hora da
certificação de seus produtos químicos. De acordo com dados da Associação
Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), o Brasil, em 2010, posicionou-se
como o décimo produtor mundial de papel e, em 2012, produziu 10,3 milhões de
toneladas. Nos últimos dez anos, o país aumentou sua produção em 27%, com
crescimento médio de 2,7% ao ano. O Seminário dará continuidade ainda em outras
comunidades dos municípios do Baixo Parnaíba até o dia 29 deste mês: 26/04, no
Povoado Baturité (Chapadinha), 27/04, no Povoado Carrancas (Buriti), 28/04, no
Povoado Coceira (Santa Quitéria) e 29/04, no Povoado Alto Bonito (São Bernardo). As comunidades devem estar preparadas
para lutar contra esse mostro que virá acabar com o pouco que ainda resta de
nossas águas, de nossas chapadas, florestas..., animais, terra...
biodiversidade... nossas vidas.
José Antonio Basto
Militante em Defesa dos Direitos
Humanos e da Vida
(98) 98607-6807
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