Havia um dia em que aquela
floresta estava alegre e outro dia em que ela estava triste, para as bandas do
Leste Maranhense, Região do Baixo Parnaíba as coisas eram rudimentares. Quando infelizmente
se tratava da ganancia por terras, a terra que suprira as demandas da empresa.
A mesma terra que durante séculos foi e continua sendo a mãe das comunidades
rurais. Algum tempo atrás aquela floresta conseguiu seu apogeu, cantos e recantos
para os confins dos ares. Desde décadas a floresta foi invadida pelo dinheiro
da soja e do eucalipto. Os anos se passaram e a floresta continua lá, da forma
que consegue até agora resistir. A chapada estava densa, cheia de vida, cheia
de tudo: pássaros, bichos... repleta de frutos
e de pequenas espécies rasteiras e altas. Veio por ventura a grande e cruel
devastação da flora e da fauna, o correntão abraçara tudo. O agronegócio se
apresentou por essas bandas. Já não existia mais o tatu, nem o peba, nem a
cotia, nem o mambira, nem a paca, nem os ratos, nambus e juritis que os
camponeses conseguiam em suas espertas armadilhas (quebras e mundés). Os rios
secaram e pararam de dá peixes... frutos da águas que alimentavam os ribeirinhos
antes de partirem para suas roças. As práticas tradicionais lembrara aquelas
lavouras sem perigo “roças agroecológicas” e tempos de outrora; velhos campos e
farinhadas, jornadas pesados de trabalho no roçado para casa. Para o outro lado
a grota da bicuíba ainda não secou e as piabas brincavam sobre o brilho da
fonte, antes de tornarem torradas com farinha de puba. A fonte cantava com suas
mães d`águas, uma música matinal e quase assombrosa. Partiram dali os camponeses que viviam
diretamente da floresta e das águas. E a
floresta avizinhava-se com o campo leste deste velho e cobiçado lugar.
José Antonio Basto
e-mail: bastosandero65@gmail.com
(98)
98607-6807
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