sábado, 21 de abril de 2012

TCHAU PORTO DE AREIA



HÁ DIAS EU VENHO DIZENDO E NINGUEM NÃO DÁ OUVIDO. JA COMEÇOU CHEGAR O MATERIAL PARA CERCAR TODAS AS AREA DE PORTO DE AREIA. PRINCIPALMENTE AQUELA ÁREA ONDE A PETROBRÁS PERFUROU POÇOS NA DÉCADA DE SETENTA.
HÁ ALGUNS DIAS EU ESTIVE NA ÁREA, FAZENDO RECONHECIMENTO DE TODA QUE AQUELA ÁREA QUE VAI PORTO DE AREIA AO PORTO DO COQUEIRO QUE FICA ENTRE O BOM GOSTO E LAMA PRETA.
POR INCRÍVEL QUE PAREÇA, A AREA TÁ TOTALMENTE CORTADA DE VARIENTES E DEMARCADA. FUI INFORMADO QUE O DONO DAS TERRAS É UM EMPRESÁRIO DE TUTOIA QUE MORA EM SÃO LUIS E QUE ATUALMENTE TÁ FAZENDO PARTE DO GRUPO POLÍTICO DO CHICO CANAVIEIRA. EU QUERO SABER DELE COMO FOI QUE ELE CONSEGUIU ESSAS TERRAS. POIS TODA ESSA AREA É AREA DE ASSENTAMENTO E SÃO AREAS ARRECADADAS PELO ESTADO. ELE VAI TER QUE PROVAR QUE TEM OS DOCUMENTOS DESSAS TERRAS. DE QUEM ELE COMPROU OU COMO AS ADIQUIRIU.
ESSAS AREAS PERTENCEM A PORTO DE AREIA, E NÃO VAMOS PERMITIR QUE ESTRANHOS CHEGUEM INVADAM NOSSAS TERRAS, EXPULSEM OS NATIVOS QUE SÃO OS VERDAEIROS DONOS DAS TERRAS DE PORTO DE AREIA. SÃO LAVRADORES E PEQUENOS CRIADORES DE GADO. O KARA VEM, MAPEIA A TERRA, CERCA E O POVO FIKA NA MÃO. NÃO ISSO NÃO PODE SER ASSIM.
JÁ BASTA AS TERRAS QUE O EX-PREFEITO ANTONIO JOSÉ NEVES SE APOSSOU, O EX-PREFEITO BEBETO E OUTROS POLÍTICOS SE APOSSARAM E O POVO FICOU NA PIOR. O PIOR É QUE OS CARAS SÃO POLÍTICOS.
ESSES BANDO DE FILHAS DE UMA MÃE NÃO TÃO INTERESSADOS PELO BEM ESTAR DO POVO NÃO. ELES QUEREM É F... COM O POVO.
PRA PIORAR O KARA AINDA TEM A AUDÁCIA DE CONVIDAR OS CRIADORES DE GADO PARA CERCAR A AREA E DEIXAR O GADO DENTRO.
ISSO É UM ABSURDO, ELE VAI SE APROVEITAR DO POUCO CONHECIMENTO DESSES HOMENS TRABALHADORES E DEPOIS EXPULSÁ-LOS DAS TERRAS.
VOU FAZER CAMPANHA CONTRA OS INVARES DAS TERRAS DE PORTO DE AREIA. AS TERRAS DE PORTO DE AREIA PERTENCEM A SEUS FILHOS.
E NÃO VAMOS PERMITIR QUE ESTRANHOS SE APOSSEM DE NOSSAS RIQUEZAS.
ESSE PESSOAL PRECISA SABER QUE PORTO DE AREIA TEM LIDERANÇA E SEUS MORADORES SÃO OS DONOS DAS TERRAS.

PEÇO AO ESTADO POR MEIO DO ITERMA  QUE VEJA ESSA SITUAÇÃO.

VOU POSTAR FOTOS DOS VARIANTES EM TODOS OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO.

VAMOS À LUTA PORTO DE AREIA. PORQUE AGORA CHEGOU A NOSSA VEZ!

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Consulta Pública: Como o Ministério Público Federal pode atuar melhor?


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O que: o Ministério Público Federal (MPF) realizará consulta pública para ouvir cidadãos e representantes da sociedade civil, de entidades públicas e privadas ou de organizações não-governamentais sobre temas importantes nos quais o MPF deve atuar.

Qualquer pessoa pode encaminhar propostas de melhoria para o trabalho ou perguntas que gostaria que fossem respondidas durante a consulta pública. Entre os temas, estão cidadania, acompanhamento de políticas públicas, cumprimento das leis, combate à corrupção e ao crime organizado, direitos do consumidor e ordem econômica, proteção ao meio ambiente, defesa dos patrimônios cultural, público e social, e garantia dos direitos das populações indígenas, de comunidades tradicionais e de outras minorias.
Procuradores da República irão colher sugestões e responder dúvidas da sociedade.
Quando e onde: nos dias 20, 23 e 24 de abril, em 21 capitais do país (confira data e horário do seu Estado)
São Luís/MA
Local: Auditório da Procuradoria da República no Maranhão
Endereço: Av. Senador Vitorino Freire, 52, Bairro Areinha - São Luís/MA.
Horário: 14h às 18h.

Como participar: clique aqui, preencha o formulário e se inscreva
Materiais de divulgação
Release: inscrições
Vídeo institucional: Conheça o MPF (8min12seg, versão .flv)

http://www.pgr.mpf.gov.br/consulta-publica/consulta-publica/

Renovação de uso de água para a Suzano em Urbano Santos/MA


(Fonte: O Estado do Maranhão)


EM BUSCA DE NOVOS EIXOS DE DESENVOLVIMENTO: UM DESAFIO AO CODETER DOS LENÇÓIS MARANHENSES / MUNIM




Itaan P. Santos



Nas minhas aulas de Ciências do Ambiente, no curso de Medicina Veterinária / CCA / UEMA tenho defendido a idéia de que o Maranhão, pela sua localização estratégica e pela sua diversidade ambiental, deveria ser preservado e ter como sua principal referência econômica, o turismo. O debate com as turmas tem colocado de um lado um grupo que admite que a proposta governamental de industrializar o Maranhão deve ser mantida e, do outro, um grupo que concorda comigo.

Na defesa que faço considero que o Maranhão possui no seu território um conjunto de biomas (Costeiro, Amazônia, Cerrados, Baixada e Cocais), cujas características de elevada beleza constrastam com a fragilidade e com a depredação sistemática que esses biomas vem sofrendo. O território Lençóis Maranhenses / Munim está localizado quase em sua totalidade no bioma Costeiro e, apesar das ameaças que vem sendo objeto, apresenta ainda, uma condição bem melhor que os outros biomas. Ali encontra-se uma grande quantidade de dunas na área dos Lençóis Maranhenses, quatro bacias hidrográficas e uma área de campos na parte interior.

Esse território tem dois grandes eixos impactantes, já apresentados no PTDRS . Um terceiro eixo, mais antigo, está representado pela presença de grandes áreas de monocultura (eucalipto e soja) nas fronteiras interiores com os municípios Cachoeira Grande, Morros, Humberto de Campos, Primeira Cruz, Santo Amaro e Barreirinhas que vem forçando as comunidades fronteiriças a aceitarem esse tipo de produção.

O primeiro eixo, reforçado pela construção da estrada (MA 402) que corta todo o território, tem seu ponto forte no município de Barreirinhas com o turismo “dito” ecológico. E o segundo eixo, mais recente, está baseado na refinaria Premium, da Petrobrás, estabelecida no município de Bacabeira, como parte de um processo de fomento à industrialização.

Esses três grandes eixos parecem que são as propostas que o governo estadual possui para a região. São propostas que não passaram em qualquer momento pelo “crivo” das populações locais, e que, todos os moradores tem muita dúvida sobre os seus resultados. Na verdade, sobre as monoculturas não há qualquer dúvida, considerando as condições ambientais do território, quase todo estabelecido em unidades de conservação criadas ou propostas pelos três níveis de governo, e com decisões em caráter definitivo pelas câmaras legislativas dos municípios Barreirinhas e Morros pelo impedimento de implantação desses cultivos nos seus territórios.

Em relação ao eixo turístico – que eu defendo com bastante intensidade, mas que questiono todo o processo metodológico – há muitas dúvidas, não só dos seus resultados, mas também, e principalmente, dos processos. Além do governo estadual, a prefeitura de Barreirinhas faz um extremo esforço para que aquele município seja uma referência para o Território, para o Estado e para toda a região Meio Norte. As dúvidas, no entanto, criam-se, na medida em que a população rural está quase que totalmente alijada das benesses dessa dinâmica econômica. E essas dúvidas tornam-se maiores quando se percebe os impactos que o turismo “ecológico” (que paradoxo) vem causando no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses – que o diga o ICMBIO – e em todo o percurso do rio Preguiças.

O eixo industrial é mais complicado, pois não se limita ao território, mas parece ser um eixo central de toda a política do Governo Estadual, que parece se confirmar a partir do formato como a refinaria Premium está sendo instalada, com EIA-RIMA questionável, retirando comunidades rurais “à força”, e sem qualquer alternativa aos impactos sociais e ambientais nos municípios de Bacabeira e Rosário e todo o entorno.

As muitas discussões estabelecidas nas instâncias do Colegiado Territorial dos Lençóis Maranhenses, apesar das análises do PTDRS, ficam sempre na periferia do cerne da principal questão aqui apresentada: os eixos de desenvolvimento. Ao escamotear essa questão, o CODETER assume um papel passivo de concordância. Poderíamos até indicar a maior presença de representantes do poder público como resposta a essa falta de posicionamento, mas não há qualquer referência que possa confirmar esse indicativo. O LABEX está organizando um conjunto de pesquisas com o Colegiado e, talvez, através dessas, possamos encontrar respostas.

Uma atitude do Colegiado Territorial se faz necessária e urgente para debater o modelo proposto com esses eixos desenvolvimento. Depois de oito anos de implantado, um plano de desenvolvimento elaborado e qualificado, e um processo de reestruturação que está permitindo que as Câmaras Temáticas funcionem de forma bastante razoável , o Colegiado possui acúmulo suficiente para propor um caminho mais adequado para o desenvolvimento regional. Afinal de contas, já não mais se admite que 96 organizações governamentais e da sociedade civil, que representam os diversos setores existentes no território, onde se incluem: agricultores familiares, pescadores, artesãos, mulheres, quilombolas e ambientalistas, aos quais se juntam instituições de ensino superior e instituições financeiras, não sejam capazes de definir seus próprios caminhos, tendo que ficar na dependência de eixos de desenvolvimento estabelecidos de forma vertical, sempre a partir dos governos centrais, e sem qualquer discussão com a sociedade local.


Crianças bebiam água do gado em fazenda de deputado flagrada com escravos


Propriedade em que sete pessoas foram libertadas pertence ao deputado estadual Camilo Figueiredo, filho do ex-prefeito de Codó (MA), Biné Figueiredo
Por Bianca Pyl
Crianças e adultos bebiam a mesma água que o gado na Fazenda Bonfim, zona rural de Codó (MA), onde foram resgatadas sete pessoas de condições análogas às de escravos após denúncia de trabalhadores que não quiseram se identificar. A libertação aconteceu no início de março e foi realizada por ação conjunta de Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Maranhão (SRTE/MA), Ministério Público do Trabalho e Polícia Federal. 
A propriedade em que foram flagradas condições degradantes pertence à Líder Agropecuária Ltda., empresa da família Figueiredo, que tem como sócios o deputado estadual Camilo de Lellis Carneiro Figueiredo (PSD/MA), além de Rogério Carneiro Figueiredo, Rodrigo De Lellis Salem Figueiredo e Camilo De Lellis Carneiro Figueiredo Filho. À Repórter Brasil, o deputado Camilo afirmou desconhecer as denúncias e disse que a fazenda é administrada por seu pai, Benedito Francisco da Silveira Figueiredo, o Biné Figueiredo, ex-prefeito de Codó. Biné, por sua vez, nega que seja administrador e alega que não há trabalhadores na propriedade, "apenas moradores".
Água utilizada pelo gado servia para os trabalhadores e para as crianças beberem e tomar banho. Fotos: Divulgação SRTE/MA
A água consumida no local era a mesma que a utilizada pelos animais da fazenda. Retirada de uma lagoa imunda, repleta de girinos, ela era acondicionada em pequenos potes de barro e consumida sem qualquer tratamento ou filtragem. Os empregados tomavam banho nesta lagoa, e, como não havia instalações sanitárias, utilizavam o mato como banheiro. De acordo com o auditor fiscal Carlos Henrique da Silveira Oliveira, que coordenou a ação, todos estavam submetidos às mesmas condições degradantes, incluindo as crianças pequenas.
Pecuária
A propriedade da família Figueiredo era utilizada para criação de gado para corte. Os trabalhadores resgatados cuidavam da limpeza do pasto com a retirada de ervas daninhas e arbustos, atividade conhecida como roço da juquira, e ficavam alojados em barracos feitos com palha. Os abrigos não tinham sequer proteção lateral, apesar de serem habitados por famílias inteiras, incluindo crianças. Os resgatados declararam aos auditores fiscais que em noites de chuva as redes onde dormiam ficavam molhadas e que todos sofriam com o frio.
Barracos de palha serviam de alojamento para os trabalhadores
A maioria dos trabalhadores era de Codó (MA), a 30 km de distância, e estava há cerca de dois meses na fazenda. Os resgatados não tinham Carteira de Trabalho e da Previdência Social (CTPS) assinada e não contavam com nenhum equipamento de proteção individual no roço da juquira. "Todas as irregularidades e ilegalidades constatadas constituíram total desrespeito a condições mínimas de dignidade da pessoa humana, distanciando-se da função social da propriedade e ferindo assim, além dos interesses dos trabalhadores atingidos, também o interesse público", explica o coordenador da ação.
Responsabilidade
A empresa Líder Agropecuária consta na declaração de bens do deputado estadual Camilo Figueiredo. Por telefone, ele se disse surpreso ao ser informado pela reportagem sobre a libertação na Fazenda Bonfim. "Isso de trabalho escravo é novidade para mim. Até agora não tomei conhecimento desta situação, vou entrar em contato agora para saber o que houve", disse. Ele confirmou que seu pai, Biné Figueiredo, é o responsável por administrar a propriedade.
Biné, que foi prefeito do município de Codó em duas ocasiões, de 1993 a 1996 e de 2005 a 2008, negou, por telefone, qualquer responsabilidade. Ele alega que não é administrador da propriedade, e, questionado, disse não saber nem a quem a terra pertence. "Eu não acompanhei a fiscalização e não sei se a situação foi solucionada, mas acredito que sim", afirmou.
Não é a primeira libertação de escravos envolvendo políticos na região. Em 2009, equipes de fiscalização libertaram 24 pessoas na fazenda do então prefeito de Codó, José Rolim Filho (PV), o Zito Rolim
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Procuradorias acionam Justiça para desapropriação de propriedade improdutiva com mais de 3,5 mil hectares no Maranhão


Data da publicação:
A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com uma ação na Justiça Federal do Maranhão com pedido de desapropriação para fins de reforma agrária do imóvel rural denominado “Fazenda Veredão”, situado no município de Chapadinha (MA). A propriedade tem área registrada de 3.150,84 hectares e área medida de 3.563,445, e foi declarada de interesse social, para fins de reforma agrária, pelo Decreto Presidencial de 12 de maio de 2010, publicado no Diário Oficial da União de 13 de maio de 2010.
A Procuradoria Federal no Estado do Maranhão (PF/MA) e a Procuradoria Federal Especializada junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (PFE/Incra) pediram a transferência para o patrimônio da autarquia do domínio do imóvel rural que pertence à empresa Agrochal – Agropecuária Chapadinha Ltda.
Na ação, os procuradores esclareceram que o imóvel foi vistoriado com base na Lei nº 8.629/93, com as alterações inseridas pela Medida Provisória nº 2.183-56/2001. Segundo eles, os dados levantados indicavam menos de 80% para o Grau de Utilização da Terra (GUT) e menos de 100% para o Grau de Eficiência da Exploração (GEE), não atingindo os índices mínimos previstos nos parágrafos 1º e 2º do artigo 6º da norma. Diante disso, foi classificado como “grande propriedade improdutiva”.
As procuradorias informaram, ainda, que o Incra avaliou a propriedade apurando como valor indenizatório R$ 2.949.902,86, tendo a autarquia depositado o valor de mais de R$ 2,8 milhões, pela terra nua, em títulos da dívida agrária (TDAs), e o montante de R$ 109.735,68 em dinheiro, pelas benfeitorias, na Caixa Econômica Federal. O restante, de pouco mais de R$ 12 mil, serão complementados por TDAs tão logo os impasses orçamentários forem solucionados.
A AGU destacou que “a implantação direta da política de Reforma Agrária dá-se pela criação de projetos de assentamento, possibilitando a atuação estatal in loco, com a descentralização de recursos orçamentários e sua aplicação em prol dos beneficiários”.
Por isso, solicitou que, depois de reunidos os comprovantes de emissão complementar dos TDAs, fosse concedida a liminar para que o Incra tenha a posse do imóvel e possa implementar a política pública voltada à reforma agrária na região e, em consequência, assentar trabalhadores rurais como medida de pacificação social. A 8ª Vara Federal da Seção Judiciária do Maranhão irá analisar o caso.
A PF/MA e a PFE/INCRA são unidades da Procuradoria-Geral Federal, órgão da AGU.
Ref.: Ação de Desapropriação por Interesse Social nº 12734-53.2012.4.01.3700.
Bárbara Nogueira

Fórum Amazônia Sustentável aplica advertência à Suzano


O Fórum Amazônia Sustentável decidiu aplicar advertência à empresa Suzano Papel e Celulose S/A por desrespeitar a sua Carta de Compromisso
A decisão da Comissão Executiva do Fórum Amazônia Sustentável foi tomada após inúmeras tentativas de mediar um acordo entre a Suzano junto às comunidades do Baixo Parnaíba, no Maranhão. A empresa, que se comprometeu em retirar as ações judiciais permanentemente no final do ano passado, não cumpriu com seu prometido e apenas sinalizou a suspensão por 6 meses no último mês de março.
Mais de 2 mil comunitários estão sendo ameaçados a perder o direito de viver em suas comunidades para que a empresa Suzano Papel e Celulose possa dar continuidade ao projeto de ampliação da monocultura do eucalipto.
“A Suzano ingressou com ações judiciais contra as comunidades que resistiram de forma pacífica na preservação do seu território, caracterizando-as como invasoras. Por meio do legítimo processo de resistência as áreas defendidas pelas comunidades ainda encontram-se preservadas, mas correm sérios riscos de se extinguir. A conversão do Cerrado já está sendo feita”, ressaltou Rubens Gomes, presidente do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), instituição que faz parte da Comissão Executiva do Fórum.
A Suzano, que tem empreendimento de celulose na região, é acusada de ter deixado de apreciar os questionamentos dos comunitários quanto aos impactos sociais e ambientais no local, além de não considerar as populações remanescentes das populações tradicionais e quilombolas.
O diálogo com a empresa teve início em 2009 durante o III Encontro Anual do Fórum, quando o GTA entrou com uma representação contra a Suzano por descumprimento da Carta de Compromisso. No ano seguinte, um representante Comitê de Ética do Fórum Amazônia Sustentável foi à região para mediar um diálogo entre a empresa e as comunidades atingidas. Na oportunidade a Suzano pactuou compromissos que não foram levados à diante, pois não cumpriu em absolutamente nada do que foi acordado. Dois anos depois, em 2011, durante o V encontro do Fórum, a empresa reafirmou novamente um novo acordo com as lideranças comunitárias e com a Comissão Executiva do Fórum Amazônia Sustentável, entre eles, o compromisso de retirada imediata das ações judiciais, mas, até o momento, a empresa continua sem cumprir o prometido.
“A empresa é tão posseira como a comunidade. Fazer da área comunitária plantio de eucalipto gera um enorme impacto socioambiental com perda da biodiversidade devido a conversão de florestas naturais do Cerrado. Não compreendo como que eles conseguem a liberação das licenças ambientais”, concluiu Rubens.
www.gta.org.br