terça-feira, 19 de agosto de 2025
sacola de páes
A famosa sacola dos pães ficava presa por detrás da porta. A famosa sacola dos pães que todos os dias de manhã cedo ele punha sobre os ombros para enfiar pães recém comprados na padaria ou na quitanda. A famosa sacola dos pães que colorizava a vida de cor de rosa. Admitia que se viciara em pães. Se pudesse, deixaria de almoçar para comer pão. Mais do que pão, gostava do trigo. Da sensação que causava na hora de pegar e na hora de comer. Seus parcos recursos economizados num cofrinho foram gastos comprando bolo de trigo com uma senhora abancada na porta de uma escola. Sentada sozinha a espera de um comprador. Quantos compravam o bolo manufaturado por ela? Melhor perguntar quem comprava. O esforço para tirar as moedas do cofrinho era insano. A recompensa, porém, fazia valer a pena.
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