sexta-feira, 28 de outubro de 2022

O desespero de dona Maria, moradora de Mata de Legua

Nessa historia de viajar não era nada incomum que pusessem os pes em alguma comunidade antes de por os pes na sede do municipio. A verdade e que quando se fala em viajar para um municipio isso inevitavelmente leva a conclusão que a hospedagem se dará num hotel com o minimo de conforto e quase sempre essa oferta so acontece na zona urbana. Ainda tem se em mente uma zona rural completamente esquecida em termos de infraestrutura e em termos de sociabilidade. Quer se crer que o principal motivo de uma viagem não é o conforto e sim a necessidade de conhecer outras realidades, outros ambientes e outros grupos sociais. É facil estudar um livro de geografia ou de historia escrito por alguem que não se sabe quem é. O livro chega pronto e quem discordará do que tem lá escrito ? O dificil mesmo é o proprio individuo escrever sua historia e sua geografia em condiçoes de pobreza ou extrema pobreza como se verifica em inumera situações vividas por comunidades tradicionais e quilombolas na zona rural do Maranhão. “O que se vê não se via, o que crê não se cria...”(Medo, Titãs). Seu Antonio Carlos vive desde os cinco anos de idade num lugar conhecido por Mata de Legua que fica entre Chapadinha e Codó e comprou 150 hectares para si e para sua familia ja tem mais de duas decadas. “o senhor gosta mais de comer arroz ou farinha? Gosto tanto de um como de outro. Mas qual desses dois combina melhor com um peixe frito capturado no rio Guará? Ah claro que é a fainha”. Eles se referiam a um peixe (piaba ou piranha) que a sua esposa Dona Maria havia servido para duas pessoas que não comiam sarapatel de bode. Era ela quem pescava, era ela quem coletava o coco babaçu, era ela quem preparava o almoco e era ela quem brigava com o senhor Luis Macedo e com seu gerente que se apossaram de parte de seus 150 hectares. Num dia em que ela estava fora de casa o Luis Macedo craidor de gado e residente em Teresina chegou na sua casa e procuoru conversa com seu Antonio. “ cade os seus amigos da igreja? Quais são os nomes deles? Não sei. Pois fique sabendo que não tenho medo de padre e nem de pastor. E voce esta aqui sozinho.” O senhor Luis Macedo fazia perguntas a respeito de uma comissão que visitara a casa do seu Antonio e nessa comissão estavam representantes de ong’s e ex secretario de segurança publica do marahão que escutaram as denuncias de coação, intimidação e grilagem de terras. A conversa inciada pelo Luis Macedo foi uma forma de intimidar o seu Antonio atraves da palavra. Não precisa ser explicito. Basta dizer as palavras certas que vão remoer a pessoa. Por conta dessa situação toda, a dona Maria no auge do desespero gravou um audio e enviou pela internet. A noticia do audio caiu no ouvido do capataz que disse a dona Maria que o senhor Luis Macedo em geral er bom mas tambem sabia ser ruim. Outra ameaça. O que se sabe é que a familia do seu Antonio e de dona Maria está restrita a uma area bem menor do que aquela de seu direito

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