terça-feira, 18 de janeiro de 2022

carnaval na obra

É um saco conversar sozinho. Conhecimento só se põe a prova no diálogo. No ano de 1999, o jornalista era um frequentador assíduo do bar do Léo. Valia a pena beber no bar do Leo e pedir musica do acervo dele para ouvir no tape deck ou no tocador de cd. Vaidoso como era, um pedido de musica era uma oportunidade para que demonstrasse o quanto sabia de musica. Num dia de bar cheio, Leo atendia os clientes quando um compositor/cantor de musica popular maranhense pronunciou o seu nome e chamou para perto a fim de lhe entregar o seu cd recém lançado. Os músicos faziam questão de presentear leo ou Leonildo com os seus cds esperando claro que ele os tocasse em seu equipamento de som. No caso deste compositor, a reação de Leo foi de aversão. Ele não poupou palavras de um jeito que um surdo escutaria a quilômetros de distancia. É claro que a distancia no bar se media por metros e por essa razão é possível que o compositor tenha escutado ou percebido que o seu cd era indesejável. Esse cd deve ter encalhado nas prateleiras das lojas da rua grande e dos shoppings de São Luis. Nessa mesma noite, o jornalista exercitava um diálogo com uma amiga jornalista cujo ponto principal se fixava no cd “Carnaval na Obra, terceiro cd da banda pernambucana Mundo Livre S/A. Coma permissão do dono do bar, o jornalista se demorou atrás do balcão como se a ele coubesse anotar os pedidos. Que nada. Essa amiga surgiu de repente e anunciou que comprara o cd do Mundo Livre muito pela sugestão feita por ele. O Mundo Livre era a consciência critica do Mangue Beat e da cultura brasileira produzida industrialmente nos anos 80 e 90. Será que a amiga jornalista guardara o cd ou fora uma fase que durara pouco tempo? .

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