domingo, 14 de dezembro de 2025

Rumo a oeste

A cada quilômetro rodado a sensação e de uma despedida do Maranhão e um cumprimento para uma nova realidade imprevisível. Essa sensação não e nova. Os maranhenses se movem em direção a oeste desde muito tempo. Os povos indígenas fugiram de suas terras quando da chegada dos portugueses. Maranhão e para, um dia, foram uma coisa só. O grão para Maranhão tão propalado em livros de história e do qual quase ninguém fala ou ouve falar a não ser o nome da empresa que quer construir um porto em Alcântara. O oeste prometia riquezas e aventuras. O oeste foi e ainda e a direção preferida para muitos que saem de seus territórios pelas razões de sempre: miséria fome trabalho desilusões amorosas ( quem passa pelo oeste maranhense tem que ouvir e cantar uma música brega) e secas. O número de famílias que se mudam de seus lugares de origem por conta das secas e bem maior que o número de famílias que se muda por conta de inundações. As secas acontecem de maneira sucessiva e acentuada. As inundações não. Esse e um dado real. A imaginação humana, contudo, sente se mais impactada com a visão de cidades inundadas do que com a visão de regiões devoradas pela sequidão. O oeste maranhense e amazônia só que os rios Turiaçu Maracassume e tantos outros perdem volumes e volumes de água ano após ano. Não há uma razão única como não há um data certa de quando começou esse fenômeno. Cinco, dez, quinze anos ? Quem sabe ? O que é certo e que junte a diminuição do lençol freático causada pelo desmatamento queimadas mineração de areia poluícao plantio de espécies exóticas e pecuária com a escassez de chuvas e veja no que dá.

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