domingo, 14 de dezembro de 2025
dimensão do cerrado
Tem se dito que a dimensão do Cerrado Maranhense é um dos fatores que dificultam a regularização fundiária dos territórios de comunidades tradicionais. Quilômetros e quilômetros de Chapadas pelas quais se andaria dias sem chegar ao fim. Sim, as comunidades tradicionais e quilombolas não têm meios, recursos e ferramentas que permitam regularizar seus territórios. Ficam na dependência do iterma que em geral alega não dispor de recursos para iniciar os processos de regularização. Vejam só, quando o pedido parte de um empresário o discurso muda de figura. Todas as portas se abrem. Houve uma reunião anos atrás entre o Iterma e advogados da Suzano papel e celulose e pelo que o diretor do Iterma assinalou, os advogados reconheceram que os documentos que provariam a propriedade de vários hectares de terra no baixo Parnaíba maranhense por parte da empresa tinham problemas. Mais recente, um advogado da empresa AVB Aço Verde Brasil em conversa com a associação do povoado Formiga informou que as áreas da Suzano em Anapurus foram repassadas para a AVB e que as questões relativas a Suzano (os seus passivos sócio ambientais) não lhe diziam respeito. Ficaram no passado. Por que ele disse isso? Porque um funcionário da Suzano liberara 600 hectares para a comunidade regularizar para si e a AVB não queria reconhecer essa doacao. O fórum carajás estava presente na conversa e indagou ao presidente da associação quantos mil hectares de eucalipto havia ao redor da comunidade. O presidente respondeu mais de sete mil hectares. A pergunta seguinte foi para o advogado da AVB " e a empresa não abre mao de 600 hectares?". "Não", respondeu o advogado.
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