terça-feira, 6 de agosto de 2024

A destruição do Cerrado e a produção de milho

Em uma conversa com um militante de esquerda, três ideias surgiram: que o cerrado vai ser destruído porque não a sociedade não dá tanta importância a esse bioma como se dá a Amazônia, que o governo do Maranhão irá implantar uma usina de beneficiamento de soja e que a politica acabou e que o agronegócio ocupou o seu lugar. Das três, a menos provável e a de beneficiamento de soja. As outras duas são pedras cantadas pela ideia de desenvolvimento econômico social que a propria esquerda em grande medida defende e divulga. Se o custo para o crescimento e desenvolvimento do Brasil e do Maranhao e a destruição de um bioma fazer o que? Em recente audiência realizada em Santa Quitéria baixo Parnaíba maranhense um dos participantes sobre pulverização aérea de agrotóxicos um dos participantes veio com a imagem que os palmeirais foram ou serão substituídos pelos sojais. Lembrando que as populações tradicionais se valeram principalmente dos babacuais durante décadas para sua sobrevivência física e económica. As famílias quebravam o côco para vender as amêndoas aos comerciantes do povoado. O avanço da soja e a destruição do Cerrado e dos sistemas ambientais associados tem seus antecedentes históricos. Sem o Cerrado e os sistemas ambientais associados às comunidades quilombolas e tradicionais tem menos condições de resistir a pressão do agronegócio seja pela diminuição na oferta de alimentos seja na perda da memória vinculada ao meio ambiente. Um ex morador em termos físicos porque parte da sua história está lá de Brejo município do baixo Parnaíba faz aflorar numa conversa o nome de uma bebida feita de milho : alua de milho. Esse nome como outros nomes relacionados com alimentação expressam uma especificidade. Ou expressavam porque 70% do milho produzido no Maranhão e híbrido ou transgénico. Se a maior parte do milho produzido é híbrido ou transgénico, esse milho não tem relação nenhuma com as comunidades que produziam e ainda produzem historicamente milho crioulo que e uma das bases da alimentação das comunidades no Maranhão e no Brasil. Não tanto do Maranhão porque a mandioca e bem forte devido a cultura indígena preponderante

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