sábado, 6 de janeiro de 2024

polpa de bacuri

Vicente de Paulo divisava uma chuva distante quilómetros de sua casa. O serviço meteorológico previu muita chuva para todo o litoral norte maranhense. Pelo ritmo que andava a chuva no final de 2023, vai chuviscar. Admirara-se da capacidade de Vicente enxergar longe só com um olho. As nuvens se deslocavam rápido, umas vindo de Anapurus e outras vindo das bandas de Brejo. Quanto tempo tinham antes da chuva cair? Precisavam de tempo para se deslocarem a comunidade da Bacaba pegar uma polpa de bacuri. Enfim, percorreram a chapada e viam o número de bacurizeiros aumentar em certas partes em contraposição a outras partes completamente alijadas de bacurizeiros e de outras espécies. A chuva se alastrou rápido. Comecou fraquinha e passou a torrencial. Na casa de Marcelo, encontraram no metido na rede. A polpa de bacuri estava guardada na casa do vovô na pindoba, ele disse. Não, eles não desistiriam da polpa. Foram atrás. Corriam o risco da chuva ter enchido os caminhos. Em vez de enchente, os caminhos permaneciam secos. Uma parte da chapada chovera muito em outra chovera fino. O vovô sairá e quem ficara responsável fora os familiares. O seu sogro antes de morar na pindoba um baixo morara na chapada cercado de bacurizeiros. O André introvini como de tantas outras vezes pressionara o para abrir mão da sua posse em troca de uma área no baixo. Ele aceitou. A polpa que vovo e família vendiam provinha de um único pé de bacuri em frente a casa deles. Como seria se ainda morassem na Chapada com inúmeros bacurizeiros ao redor?

Nenhum comentário:

Postar um comentário