segunda-feira, 7 de março de 2022

O Maranhão ficará para trás? A História responde

Ficar para trás. Quem quer ficar para trás? Ninguem quer ficar para trás. Nos anos 80, o governo republicano de Ronald Reagan iniciou o programa “Guerra nas Estrelas”, um programa bilionário e até trilionário em dólares que construiria um sistema de defesa na atmosfera do planeta cujo propósito seria defender os estados Unidos de um eventual ataque nuclear da União Soviética. O propósito declarado era esse. O propósito não declarado era deixar a União Soviética para trás na corrida armamentista tecnológica. O que acabou acontecendo, pois em 1989 o bloco soviético começou a desintegrar. Os investimentos em tecnologia militar tambem cobraram seu preço junto a sociedade americana visto que os investimentos em saúde e educação por parte dos governos americanos decaiam consideravelmente o que impactou a vida dos cidadãos e impacta ainda hoje. Na corrida militar dos anos 80, a União Sovietcia ficou para trás assim como boa parte da população americana e grande parte da população mundial. Transcorridos quarenta anos de “Guerra nas Estrelas” o mundo ainda vive sob a cangalha de não “ficar para trás” só que com outra vestimenta: o consumo. O maranhão não pode “ficar para trás” em termos de consumo e em termos de produção. Para que o Maranhão não fique para trás é preciso que o estado abra mão de todos os seus valores, de sua historia e dos seus recursos naturais como se vê no projeto modernizador das elites que ora governam o estado. Isso se dá tanto em questões relativas ao meio ambiente, a defesa dos direitos de comunidades tradicionais e incentivo a agricultura familiar e extrativismo. O Maranhão não ficará para trás? Quem sabe? “A História responde...”, escreveu o poeta e ensaísta russo Joseph Brodsky.

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