sábado, 5 de março de 2022

A soja toma de conta do Maranhão

Um determinado substantivo sempre surge quando o assunto é compra e venda de terra. Agrimensor é o cra que mede terra, mas também é oc ara que negocia e que faz as transações licitas e ilícitas. É o cara que vai à frente para que os verdadeiros interessados fiquem a sombra e não tenham seus nomes envolvidos. O senhor Helio é um agrimensor e faz trabalhos para a fazenda Colinas Verde, que de verde só tem a soja que planta e mais nada. O senhor Helio e o senhor Paulo, gerente da fazenda, cumprem a incumbência de seduzir os moradores que vivem nas vizinhanças e que possuem alguma terra que lhes pareça interessante de comprar e plantar soja. Os mais recentes seduzidos pela dupla foram os assentados e quilombolas da Floresta que compõem o território quilombola Jaguarana e Floresta no município de Colinas, centro leste maranhense. essa não é uma ação isolada tanto em relação a Colinas como em relação a outros municípios do Maranhão. Os plantadores de soja estão assediando assentados quilombola e indígenas para venderem ou arrendarem seus territórios planejando desmatar e plantar soja, milho e outras monoculturas. O oeste maranhense ou amazonia maranhense virou um grande plantio de soja em áreas que antes se destinavam a reforma agraria ou a pecuária. O que restou de Amazonia está nas mãos de indígenas, pequenos proprietários, posseiros e comunidades quilombolas. A mesma coisa se planeja para o centro leste maranhense onde residem várias comunidades quilombolas, posseiros s, pequenos e médios proprietários. No caso de Jaugaran/Floresta, a venda de lotes e o desmatamento desses lotes incorre em crime porque é um território tradicional onde prevalece a coletividade e não o individuo.

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