quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

RESUMO DA SITUAÇÃO DO QUILOMBO CRUZEIRO





Inconformados com o processo de regularização fundiária em que o INCRA define a área do Cruzeiro como território Quilombola, um grupo de pessoas, liderado pelo Vereador Paulo Miguel Farias, aproveitando-se de uma tragédia ocorrida no dia 16/02/2016 no referido Quilombo, em que um trabalhador rural da região é assassinado, promoveu o incêndio de casas dentro da área e quebra dos imóveis pertencentes às lideranças do movimento quilombola.
Oportunidade em que também mataram todos os cachorros e bois que estavam presos no local, bem como lançaram patos ao fogo, queimaram todas as carroças e destruíram todas as roças ali existentes. Além disso, espancaram algumas lideranças como João do Vale e Márcio, enquanto os demais, por conta das ameaças de morte, estão impedidos de voltarem para suas residências, encontrando-se escondidos em casas de parentes e amigos, como forma de resguardarem a integridade física e a própria vida.
Aproximadamente 70 pessoas estão sendo prejudicadas por referido grupo, sobretudo as lideranças que defendem o movimento negro na região, a saber: Tereza, Santinho, Zé de Feliciana, Bozó, Cipriano, Raimundo Silva, Zé de Torquato, Ziane, Márcio, João do Vale, Zeca de baixinho, Raimundo Nonato e Ivo, este ultimo caçado pelo grupo que deseja sua morte e o penúltimo recolhido ao cárcere por quase dois dias.
O quilombo agora se encontra em completo estado de abandono e destruição, visto que os líderes, descritos acima, não podem regressar às suas casas ou se aproximarem da área em contenda, sob pena de sofrerem retaliação. Desejam saber a proporção dos danos sofridos, mas, para tanto, necessitam de escolta policial, a qual ainda não lhes foi oferecida.
Além, é preciso acionar o PPDH, tendo em vista as ameaças sofridas pelas lideranças quilombolas citadas, o mais urgente possível.
Diogo Cabral

 

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