sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Grupo Suzano Papel Celulose que anuncia investimentos em fábrica de Imperatriz prejudicou a região do Baixo Parnaíba

    aldir
Foram milhares de famílias da região do Baixo Parnaíba, que foram expulsas de nove municípios em que o eucalipto se tornou a praga que retirou delas posses centenárias, muitas das quais mediante fraudes em cartórios. Inúmeras foram as denúncias de que terras devolutas, que poderiam ser utilizadas para a reforma agrária estão incorporadas ao patrimônio do grupo empresarial.
      O tão decantado desenvolvimento proposto pelo grupo Suzano Papel Celulose para o Baixo Parnaíba, sempre ficou no discurso e na proteção do poder público. O eucalipto que destrói a capoeira e os grandes mananciais de recursos hídricos e atropelou quem tentou continuar vivendo da pequena agricultura.
      Centenas de denúncias foram feitas pela Comissão Pastoral da Terra, Fetaema, Fórum Carajás, Fórum do Baixo Parnaíba, Igreja Católica e outras entidades da sociedade civil organizada, mas mesmo assim a exploração continuou muitas vezes com a violência e a participação de força policial. Muitas fraudes foram vergonhosamente feitas em cartórios para que prepostos expulsassem posseiros e com as terras negociassem com o grupo Suzano Papel Celulose,
       A verdade é que nos nove municípios em que os tentáculos do eucalipto se impôs, ninguém prosperou até mesmo que as promessas de instalações de industrialização deram lugar a exploração do carvão vegetal para abastecer usinas de ferro-gusa, dentre as quais a Margusa, que chegou por muito tempo a ser arrendatária de algumas áreas e aumentar consideravelmente a destruição do meio ambiente.
      Se realmente o governo tem pretensões efetivas de desenvolver uma politica de produção de alimentos a partir da agricultura familiar,   tem o dever de arrecadar as terras devolutas que estão incorporadas ao patrimônio do grupo Suzano Papel Celulose no Baixo Parnaíba.
       Grande parte do cerrado maranhense perdeu criminosamente as suas referências, principalmente no que concerne aos seus frutos naturais como o piqui, o bacuri, variedades de goiaba, fauna e flora e outras riquezas, diante dos avanços do eucalipto e a soja de maneira extensiva. Felizmente a resistência que persiste, são de famílias organizadas com o importante e decisivo apoio do Fórum do Baixo Parnaíba e do Fórum Carajás.

Por: Aldir Dantas
http://blog.oquartopoder.com/aldirdantas

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