A fabricante de papel e celulose encerrou o terceiro trimestre com uma relação entre dívida líquida e Ebitda de 4,2 vezes, acima do múltiplo de 3,5 vezes que havia sido estabelecido como limite. Por enquanto, a Suzano possui uma situação confortável de caixa que, em setembro, estava em R$ 3 bilhões, frente a dívidas de curto prazo de R$ 1,5 bilhão. O que preocupa, no entanto, é que a empresa tem uma necessidade de capital de giro e um plano de investimentos elevado para os próximos anos.
'Em 2012 e 2013, precisamos contrair dívidas para a fase de compra de equipamentos da unidade no Maranhão, o que pode pressionar a alavancagem', afirmou Maciel, em reunião promovida pela Associação de Analistas e Profissionais do Mercado de Capitais (Apimec).
De acordo com ele, o plano inicial é a busca de um parceiro estratégico para o projeto e a venda de ativos ociosos. Entre esses ativos está a participação de 17% na usina de Capim Branco, controlada por Vale, Cemig e Votorantim, que estaria em 'fase avançada', ainda que o diretor financeiro e de relações com investidores, Alberto Monteiro Netto, reconheça que o negócio não deve sair neste ano.
Diante do ceticismo dos analistas em relação à estratégia de venda de ativos, o presidente da Suzano admitiu estar 'estudando seriamente' postergar o projeto no Maranhão. 'Essa possibilidade existe, mas será analisada mais à frente, a depender do sucesso do nosso plano inicial no primeiro trimestre.'
Os investimentos na subsidiária Suzano Energia Renovável, que pretende construir duas fábricas para produzir e comercializar pellets de madeira para a produção de energia, também podem ser adiados. Maciel admitiu ainda que a companhia estuda, em última hipótese, realizar uma oferta primária de ações no segundo semestre de 2012.
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