O MIQCB (Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu) iniciou nesta terça-feira(14) no Centro Anajás um seminário que visa debateu os impactos decorrentes do empreendimento da Suzano no Maranhão.
O seminário reuniu as coordenações de quatro regionais (Maranhão, Pará, Tocantins e Piauí), lideranças históricas na luta pela reforma agrária e pela defesa dos povos tradicionais além de pesquisadores que fizeram exposições sobre o tema.
Na ocasião os presentes relataram os problemas que estão desestruturando essas comunidades, denunciaram órgãos que deveriam defender políticas públicas para essas comunidade mas que estão defendendo na verdade os interesses da empresa.
Foram citados órgãos como o CMBio e o CENTRU que estariam a serviço da Suzano. Devido ao acesso livre às comunidades, usam dessa confiança para convencer os trabalhadores e as quebradeiras de coco para defender o empreendimento além de vender suas propriedades.
A Suzano já estaria barrando o acesso das trabalhadoras às áreas de coco ou a locais de pesca do riacho Cinzeiro.
Lideranças que resistem à tentação têm sido coagidas por representantes de órgãos que tem contato direto com a questão de garantir as condições necessárias à implantação da empresa Suzano, fato esse que deve ser comunicado ao ministério público para que acompanhe o caso.
Nesta quarta, (15), o seminário deve concluir com um documento reforçando o posicionamento dessas lideranças que não aceitam a escravidão oferecida pelo empreendimento, sem o reconhecimento das reais necessidades dessas comunidades que são: a garantir e a manutenção dos babaçuais e o direito ao livre acesso.
Fonte: Wilson Leite
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