domingo, 31 de maio de 2020

Jethro Tull

O espelho refletia o rosto sem devassar o que ele rascunhava em seu pensamento. Botou pra rolar no aparelho de cd da mente as músicas “We used to know” e “Reasons for Waiting”, do Stand Up disco do Jetro Tull, gravado no final dos anos 60. As músicas tocaram sem pedir licença. A relação com Jethro Tull se mantinha firme apesar dos anos e apesar das dificuldades em comprar lps nos anos 80 e comprar cds nos anos 90. Os anos 80 não perdoavam os sem grana. Quem não comprava, contentava-se em escutar seus grupos favoritos nas rádios fms ou então pedir para um amigo gravar uma fita. Ele fitava com espanto as capas dos lps nas lojas especializadas na rua central do comercio (poucas lojas). Um professor de física, em 1988, gravou uma fita com musicas do Pink Floyd. Eles conversavam assim que terminava a aula e conversa vai conversa vem convenceu-o a gravar a fita de sessenta minutos. The Wall na cabeça. Não era bem aquilo que gostaria de ter em mãos. A fase mais criativa, todos afirmavam, ficara para trás, final dos anos 60 e começo dos anos 70, mas tudo bem para um recém convertido ao rock progressivo. Assim, aos trancos e barrancos, formaria seu gosto. O gosto pelo Jethro Tull deslanchou por sorte, também no mesmo ano. Um programa de radio anunciava uma promoção: “Quem era o guitarrista do Jethro Tull?”. Quem acertasse ganharia o LP “Crest of Knave”, de 1987. Que droga, emprestara a revista Somtrês com a historia de vários artistas de rock, entre eles o Jethro Tull. Puxou pela memoria e enfiou um Martin Balguma coisa ( o nome correto Martin Barre). Vai ver não houve outro candidato ao “Crest of Knave”, pois a promoção o agraciou com o LP no final do programa
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