quarta-feira, 16 de outubro de 2024

O caso da fazenda eldorado em Imperatriz

Logo após a visita que realizou a comunidade Viva Deus situada a beira da estrada do Arroz entre Imperatriz e Cidelândia e pertencente a família Eldorado, o jornalista Adalberto Franklin escrevia um artigo datado de vinte e um de janeiro de 2015 cujo título era "Má: Reforma agrária e o fim de uma infâmia". No caso a palavra infâmia se referia a situação crítica do ponto de vista social que mais de 100 famílias viviam a beira da estrada há quase uma década e que seriam beneficiadas pelo decreto de desapropriação de mais de três mil hectares assinado pela então presidente Dilma Roussef no final de 2014. Com a assinatura do decreto prévia se que a situação das famílias sairia do crítico para tempos melhores. Passados quase dez anos do artigo de Adalberto Franklin, a situação das comunidades que vivem na fazenda Eldorado piorou consideravelmente e o processo de desapropriação não foi resolvido. E essa não resolução ficou se sabendo em recente visita de ongs e movimentos sociais as várias comunidades que residem dentro da fazenda Eldorado. O pedido de visyoria inicialmente era para doze mil hectares e houve perícia que identificou a área como improdutiva. A vale que se apresentava como proprietária questionou a vistoria e pediu uma nova. Com o projeto da Suzano em construir uma fábrica de celulose em Imperatriz a vale repassa a área para a Suzano que desmata parte da área e planta eucalipto. Sai uma decisão que determina uma nova vistoria e e claro a área e considerada produtiva. A história dessa área remete ao projeto Celmar nos anos 90 em que a Vale em joint venture com capital japonês planejava uma fábrica de celulose para a região. O projeto não deu certo, a ferro gusa carajás empresa da vale assumiu a área que agora pertence a Suzano. A fazenda Eldorado e a última grande área que pode ser aproveitada pela agricultura famíliar no município de imperatriz porque o plantio de eucalipto não está consolidado. Então a presença de mais de mil famílias pleiteando a desapropriação de mais de doze mil hectares e o resultado inequívoco e inevitável da própria ação da Suzano que concentrou milhares de hectares em seu projeto de produção de celulose. Claro que a Suzano não vê desse modo e acha natural agir de forma arbitrária e autoritária como vem agindo com as comunidades. Jogando veneno em riachos, queimando barracos, tocando fogo em roças, tocando fogo em áreas de eucalipto e de mata e acusando moradores, aplicando muitas ambientais , apreendendo veículos dos trabalhadores, utilizando as polícias para intimidar trabalhadores e etc.

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