domingo, 28 de agosto de 2022

Antes de escrever, ler.

O que pensou dona Lucia, indigena e agricultora familiar do povoado Baixao dos Rocha, muniicpio de São Benedito do Rio Preto, ao andar mais de dois quilometros atras de um trator que destroava a sua roça e as roças de outros moradores da comunidade e ficar frente a frente com o trator correndo o risco de que o tratorista passasse por cima dela com o trator? Passou ou não algo pela cabeça ela nem deve se lembrar porque, pelo video gravado, a tensão por ver o trator derrubando e revirando roça e mata por onde quer que passasse, foi tamanha que se pensou algo pensou rapido coisa de segundos e coisa de instintos ancestrais porque o que estava em jogo naqueles minutos era a defesa do seu territorio. Dias mais tarde, numa visita da secretaria de direitos humanos e da sema a comunidade muito em função do video veiculado nas redes sociais e da manifestção da comunidade que bloqueou a estrada, alguem ligado ao governo inquiriu um morador: “Como voce pode comprovar a sua posse/”. Tendo em mente a historia da comunidade passada e recente, essa pergunta transparece uma insensibilidade tremenda bem a cara das elites que governam o estado. Os moradores do Baixão dos Rocha decendem de indigenas que se misturaram com imigrantes que veiram do Piaui, Ceará, Pernambuco fugidos da seca e da falta de perspectiva. Os imigrantes vieram no começo dos eculo XX. Os indigenas viviam nessas e andavam por essas terras muito tempo antes e para sobreviverem se miscigenaram com os brancos e com os negros. Preocupar-se com a comprovação de posse, um debate juridico motivado pela pintrusão em seu territorio de empreendimentos de soja, ´é recente. O Estado ddveria perguntar ao grileiro se ele pode comprovar a posse e não o contrário. Essa é uma responsabilidade do Estado e a responsabilidade do municipio de São Benedito do Rio Preto, o que o municipio vai herdar com tanto desmatamento? Perto do aniversário de São Luis, dia 8 de setembro, bom rlembrar os versos de Bandeira Tribuzi, poeta indigena negro e branco: “O minha cidade deixa-me viver que eu quero aprende a tua poesia”. Então, Sao Benedito do Rio preto deixa Baixao dos Rocha viver pois os indigenas de lá nunca aprenderam tua poesia.

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