quarta-feira, 27 de julho de 2022

Padre Antonio Vieria e a chuva de São Luis

Um dos trechos mais lidos dos sermões do padre Antonio Vieira é naquele em que diz que em São Luis todos mentem até o céu, referindo-se ao fato que numa hora se faz um céu azul com um sol de rachar para logo depois cair um pé dagua daqueles. Compreende-se a indignação de Antonio com relação aos fatos ligados a natureza, afinal ela tem suas proprias leis e não pede licença para po-las em prática. Talvez essa chuva da qual trata antonio vieria em seu sermão tenha ocorrido no final do inverno, entre o mes de julho e agosto, quando o calor começa aimperar, mas persistem chuvas rápidas e intensas. Antonio Vieria deve ter pensado: “Como assim, chuva e calor?”. O padre Antonio Vieira conhecia pouco da cultura indigena porque se conhecesse pelo menos um pouco acharia normal que a chuva prosseguisse verão adentro porque a umidade que o inverno despejara nos meses mais chuvosos de março até maio continua sendo liberada mes de julho em menor quantidade devido ao calor excessivo. Os moradores de Belem, ou belenenses como preferirem, capital do Pará, acostumaram-se com a chuva diaria que cai em Belem e tanto se acostumram que virou praxe marcar encontros depois das tres, horario sagrado de cair água em Belem. Fica-se pensando se a destruição da Amazonia e do Cerrado não é proposital da parte do capitalismo para que as chuvas deixem de cair sobre as cidades e as pessoas não tenham mais motivos que as impeçam de sairem de suas casas e baterem ponto em seus negocios ou em suas repartições.

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