domingo, 5 de julho de 2020

Bar do Leo

Eles acertaram o horário no dia anterior. Com relação ao local onde conversariam ainda duvidavam de qual escolher. “Cara, fui ontem ao bar do Leo e senti-me um bolsonominion” “é uma sensação passageira, vamos lá” “Meio-dia, então”. Ele aproveitava essas ocasiões para deixar o celular e desapegar um pouco dele. A idosa se benzia dentro do ônibus incontáveis vezes. Ela enxergava a cidade esparramada pelos manguezais. A cidade que sonhou ser indestrutível e invencível e que joga fora seus pesadelos no leito do rio. Ele chegou adiantado alguns minutos no mercado do Vinhais. Adiantara a sua chegada para conferir a quantidade de fregueses no bar ( cheio, meio cheio ou vazio) e puxar rumo de prosa com o Leo. Entre os dois havia perspicácia de tanto tempo que nada passou.

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