quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

O Cerrado Infértil e proibitivo

As chuvas custaram a vir ao Cerrado sul maranhense no inverno de 2019 2020. Elas vieram por temporadas. O mês de novembro de 2019 atendeu as expectativas principalmente dos plantadores de soja. E sempre assim. Aos primeiros sinais de chuvas nesse mês, os campos de soja recebem as sementes. A janela de plantio se encerra no mês de dezembro e a soja leva três meses para maturar portanto de final de janeiro até março, dependendo da época do plantio, colhe se a soja. A percepção das pessoas vai no sentido de que o inverno assim que começa não para. E ininterrupto. Os últimos invernos contradizem essa noção pois a chuva para completamente em dezembro e só retoma em janeiro. O que determina se o inverno será regular não é a vontade humana e sim as alterações na paisagem causadas pelo desmatamento e as mudanças climáticas. Cada vez mais se realizam pesquisas para que a soja mantenha produtividade mesmo em épocas de estiagem, mas a agricultura familiar no sul do Maranhão se vira sozinha como pode e de acordo com Deus. Sem auxílio de órgão governamental algum. A escassez de chuvas bagunça por completo o calendário produtivo dos agricultores familiares. Se os agricultores não plantam no devido tempo de que eles se alimentarao? A queda na produtividade da agricultura familiar se deve as chuvas que escassearam, a omissão do Estado e principalmente a ocupação do Cerrado pelas monoculturas. Pode se dizer que o Cerrado sul maranhense vem se tornando infértil ou proibitivo para a agricultura familiar e para as comunidades tradicionais.
Mayron Régis

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