sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

O centro de cada um

Caso alguém quisesse pegar informações a respeito do centro de São Luis aquele era o cara. Assim disseram num celebre bate papo. Ele não se fazia presente no instante. Chegaria alguns minutos após a assertiva. O seu dia se iniciava no bairro São Francisco, onde estabelecera morada. Batizava a manhã com um café reforçado no mercado central. O narrador desta historia se pergunta porque mercado central já que o mercado fora construído numa baixa propicia a alagamentos e distante dos casarões aristocráticos típicos do tão falado centro histórico da capital maranhense. O que interessa, por enquanto, não é saber os porquês de construir um mercado nesse ponto geográfico, mas sim saber o porque de alguém subir num ônibus tão cedo e tomar um café num mercado a quilômetros de sua moradia. Se bem que, os mercados de São Luis escondem maravilhosos (será?) pratos que se revelam tão somente aqueles insatisfeitos com a modorra dos self services. Um café com leite e cuscuz com ovo frito de manhã cedinho se pode comer em qualquer padaria minimamente qualificada. Um mocotó requentado do dia anterior só dá para comer com segurança no café da manhã de determinados estabelecimentos e o mercado central é um desses lugares. Não se sabe ao certo o que lhe atrai no café do mercado; o cuscuz de milho, o café com leite, os ovos fritos na manteiga ou o mocotó (seria um atrevimento perguntar na bucha). Quem sabe seja só fato de retornar as suas origens de um centro particular (de suas memorias), afinal nascera e criara-se na rua Godofredo Viana também conhecida como beco do Teatro. Para os ludovicenses natos, é tão típico dar mais de um nome a um logradouro, não é mesmo?

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