domingo, 16 de agosto de 2020

As mulheres negras e quilombolas do povoado Graça

Ao escutar que seu nome era Ciria, ele pensou consigo mesmo: “Uau que nome”. Uma mulher negra e quilombola cujo nome se pronunciava Ciria. Ainda melhor se for igual ao nome do pais Siria. Que charme. Pediu-lhe o zap para quem sabe enviar noticias. Ela anotou o numero e frisou Ciria com c. Essa particularidade (Ciria com c) fez com que a enxergasse mais detidamente. A agricultora Ciria compunha um grupo de mulheres negras e quilombolas do povoado quilombola Graça, município de Matinha, que se formou para participar das oficinas do projeto Rede Quilombola, da Associação de Moradores do povoado Graça, com financiamento do Fundo Casa. A oficina de implantação de hortas caiu num sábado, dia 15 de agosto de 2020, por sugestão das participantes do projeto. A dona Ciria priorizou a oficina no lugar da feira da agricultura familiar que acontece no município de Matinha todos os sábados pela manhã. O senhor Sabino, que ministraria o curso de Implantação de Hortas, atrasara-se. Uma dica: caso não queira perder a confiança das pessoas na zona rural do Maranhão não se atrase sem justificativa pois se perder a confiança será difícil recupera-la. A maioria das mulheres se impacientava pela ausência do senhor Sabino. A solução encontrada pela coordenação do projeto foi cancelar a oficina, pedir desculpas e propor duas oficinas (uma de plano de negócios e uma de culinária) para o próximo fim de semana. Eles se convenceram de que o senhor Sabino não ministraria mais a oficina de Implantação de Hortas. Entretanto, nada como a passagem de alguns minutos para as coisas voltarem ao seu devido lugar. O senhor Sabino, com um atraso de mais de duas horas, finalmente comparecera ao povoado Graça. Uma reunião de ultima hora o segurara em Viana, cidade maranhense dos lagos, e que desejava começar o projeto das oficinas. As mulheres negras e quilombolas de Graça julgaram mais correto mante-lo no projeto até porque seria difícil contratar outro técnico

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