quinta-feira, 11 de julho de 2013

Incra-MA e Ouvidoria Agrária Nacional discutem conflitos e violência no campo



A Comissão de Combate à Violência no Campo, presidida pelo desembargador Gercino José da Silva Filho, ouvidor Agrário Nacional, encerra nesta sexta-feira (12) a agenda de audiências realizadas no Maranhão para discutir os conflitos agrários e a violência no campo. Desde terça-feira (9) a Comissão está em São Luís, realizando reuniões na Superintendência Regional do Incra.

Além do ouvidor, o representante da presidência do Incra na Comissão, Cláudio Braga, o superintendente regional do Incra-MA, José Inácio Rodrigues e o ouvidor Agrário Regional do Incra-MA, Paulo Sabá acompanham as reuniões. A previsão é de que 26 episódios de conflitos sejam discutidos durantes o período das audiências.

As reuniões têm a participação de representantes dos trabalhadores rurais e quilombolas interessados nas áreas, dos proprietários das áreas em litígio e de órgãos públicos como o Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Federal, Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Instituto de Terras do Maranhão, dentre outros.

De acordo com o ouvidor Gercino Filho, a vinda da comissão ao Maranhão tem o papel de buscar o entendimento harmônico entre os trabalhadores e os proprietários para que haja a solução do conflito e paz no campo. “Propiciar o diálogo entre as partes para que os acordos e encaminhamentos possam ser firmados nessas audiências é objetivo da Comissão”, explicou.

O superintendente regional do Incra José Inácio Rodrigues, destacou que o Maranhão é o segundo da federação em número de conflitos no campo, perdendo apenas para o Pará. Segundo ele, a grande concentração de terras no estado gera está situação que o Incra tenta combater diariamente.

Em função disso estamos dando agilidade a processos de desapropriação em tramitação na Superintendência, iremos vistoriar 68 áreas, além de lançar um pregão regional para contratação 29 de relatórios antropológicos para áreas quilombolas”, disse.

Especialização Agrária

A vinda da Comissão ao Maranhão também teve a finalidade de discutir com o Ministério Público Estadual e com o Tribunal de Justiça a criação de Promotoria e Vara especializadas em questões agrárias, ou seja, que os referidos órgãos designem promotores e juízes para atenderem os conflitos no campo.

Em visita ao presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo, na quarta-feira (10), o Ouvidor reiterou na presença da procuradora Geral de Justiça do Estado, Regina Lúcia, a necessidade de criação de uma promotoria especializada em questões agrárias.

Nesta quinta-feira (11), os representantes da Comissão reuniram-se com o corregedor-geral de Justiça, desembargador Cleones Cunha e com os desembargadores Jorge Rachid e Paulo Velten para reiterar o pedido de criação da Vara agrária no Maranhão. Também foi solicitado para que seja cumprida pelos magistrados a orientação de ouvir o Ministério Público, o Incra- e o Iterma antes de despachar liminares de reintegração de posse em áreas com conflitos agrários coletivos.

Também nesta quinta-feira (11), Gercino Filho recebeu a informação de que foi aprovado o Projeto de Lei Complementar nº 03/2013, de iniciativa do Ministério Público do Maranhão, que propõe a criação de 21 cargos de promotor de justiça, em São Luís, dentre os quais dois para atuação especializada em conflitos agrários.

Essa é uma importante vitória que conseguimos por conta da atuação da Ouvidoria junto ao Ministério Público Estadual”, comemorou o desembargador Gercino Filho.

ainda nesta sexta-feira (12), está prevista uma visita dos membros da Comissão à delegada-geral de Polícia Civil, Cristina Menezes.
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