terça-feira, 10 de março de 2015

PRODUÇÃO DE ALIMENTOS NAS COMUNIDADES RURAIS DA REGIÃO DO BAIXO PARNAIBA: Agricultura Familiar, uma alternativa real como Desenvolvimento Sustentável e Solidário.






Segundo a FAO – Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, órgão ligado a ONU, a mesma refletiu nesses últimos anos que o futuro da humanidade é alimentar-se de produtos vindos da agricultura familiar produzidos pelas comunidades tradicionais –, principalmente frutas, verduras, aves (galinha caipira) e peixe. Por isso as políticas para melhoramento da Agricultura Familiar e Segurança Alimentardevem melhor atenção da sociedade e, sobretudo dos órgãos competentes. Pois preservar a soberania das populações tradicionais como alternativas para a formulação desse projeto, elabora-se propostas e estímulos para esses programas se concretizarem, com certeza todos nós teremos mais êxitos caminhando para essas conquistas de interesse dos povos do campo. As comunidades tradicionais entram nesse cenário como grupos especiais no que se diz respeito a assas questões de um outro mundo possível, pelo menos nos aspectos mais fundamentais. A Lei de Segurança Alimentar e Nutricional – conquistas dos movimentos sociais deixa bem claro em seu texto sobre a “proteção dos biomas, preservação dos setores socioambientais, extrativismo cultural, aquicultura, criação de aves e pesca artesanal” – são atividades rurais que desde séculos não agride a biodiversidade. A lei ainda prioriza os acordos de complementação produtiva, comércio interno e externo justo e solidário.
A região do Baixo Parnaíba Maranhense é vasta em riquezas e produções de alimentos, as comunidades que trabalham de roça e complementam suas rendas com o extrativismo vegetal... polpa do bacuri, buriti, juçara e outros frutos do cerrado vivem um momento importante de lutas pela posse da terra e garantia dos direitos fundiários. Os conflitos agrários são exemplos dessas disputas e anúncios de políticas prioritárias do Movimento Camponês em ser protagonista das reformas de bases, primordialmente. Para a produção continua de alimentos é preciso a ocupação do Território Livre -, muitas chapadas que foram invadidas pelo programa dos monocultivos como soja e eucalipto pedem socorro agora e clamam por mudanças na volta das cadeias de tradições culturais e equilíbrio ambiental. O campesinato está a cada dia avançando em suas conquistas, mas com muitas avalanches e entraves, as porcentagens crescem a respeito dos gráficos que mostram claro onde os mais de 60% do alimento que vai para nossa mesa provém das roças e espaços de produção dos lavradores e lavradoras. A maneira tradicional de produção na agricultura familiar não devasta, não agride o meio ambiente e se baseia nas formas de solidariedade dos povos que moram nessas áreas vingando portando um respeito ancestral com atenção e educação com a natureza e trabalho em mutirão.

Um dos desafios vigentes para o progresso das Comunidades do Baixo Parnaíba é a discussão coletiva das estratégias, valorização e fortalecimento de nossa categoria. O 7º Congresso de Trabalhadores Rurais já discutia esses pontos em 2008; a dinâmica do pensar e repensar sobre as situações fundiárias e socioambientais. A escala de produção de alimentos na Região do Baixo Parnaíba Maranhense desenvolvida pelas práticas e manejos dos camponeses deixa uma reflexão positiva do processo econômico e forças do trabalho rural e suor dos homens e mulheres que honestamente trabalham no Sistema de Agricultura Familiar para o sustento de suas famílias.  
Já o agronegócio veio para destruir a vida, não se preocupa com a solidariedade, visa cada vez mais lucros e lucros utilizando os recursos minerais como água e terra, desacata os direitos humanos e afeta nossas vidas com agrotóxicos, sobretudo a fauna e flora atrasando a Reforma Agrária e oPADRSS – Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário.  O crescimento de nossas comunidades do Baixo Parnaíba enfrenta a grilagem por parte dos programas da monocultura que utiliza de artes manhas para expropriação da terra.

José Antonio Basto
Militante em Defesa dos Direitos Humanos e da Vida
Email: bastosandero65@gmail.com

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