quarta-feira, 27 de junho de 2012

Beleza da Chapada das Mesas e Parque do Jalapão atrai turistas

Série "Caminhos e Aventuras" mostra região integrada entre MA e TO.
Regiões são conhecidas pelas nascentes dos rios e rica fauna e flora.


O cerrado é o segundo maior bioma brasileiro com uma área de mais de 2 milhões de quilômetros quadrados e é a paisagem característica de nove estados, e do distrito federal, nas regiões norte, nordeste e centro-oeste do país. Mas no trecho entre os estados do Maranhão e do Tocantins, as belezas chegam a ser ainda mais encantadoras. Na série "Caminhos e Aventuras", os repórteres Gil Santos e Tátyna Vieira viajam mais de 2 mil quilômetros para mostrar as belezas da região integrada entre o Maranhão e o Tocantins.

No centro-sul maranhense, no deserto do Jalapão, leste de Tocantins, as imagens revelam o capricho da natureza. Já quem anda pelo Parque Nacional da Chapada das Mesas é surpreendido, a todo o instante, por cenários exuberantes. São centenas de paredões de rochas, paisagens muito parecidas à do cerrado tocantinense.

As serras do Parque do Jalapão chegam até 800 m de altura. Neste corredor natural de transição até a região da pré-amazonia, as características da fauna e da flora são bastante comuns. Segundo pesquisadores, as formações rochosas no cerrado têm mais de 70 milhões de anos. A força do vento e o movimento das águas foram os responsáveis por abrir fendas no meio da vegetação, que formaram as cachoeiras, serras e montanhas da região. Nesta área, nascem os principais rios da bacia hidrográfica do Araguaia-Tocantins. "É uma área muito importante tanto como nascente de rios, como de conexão fitogeográfica, de biomas, e biogeográfica, entre espécies de animais, de plantas... Daí a grande necessidade de preservar estas áreas", explicou o professor de geografia Edson Vicente Silva, que trouxe uma turma de alunos da Universidade Federal do Ceará para estudar a região.

O Jalapão também é conhecido como o sertão das águas, pela riqueza de nascentes, rios e córregos. O solo arenoso, comum em toda a região, facilita a absorção, aumenta o volume do lençól freático, alimenta as nascentes e mata a sede do cerrado, que ainda sofre ameaças, como do avanço da agricultura com as grandes plantações de soja, que prejudicam o corredor migratório das espécies da fauna e da flora. "A gente pode ver que não há um planejamento, porque a cada fazenda de plantação, tem que haver uma reserva legal e estas reservas vem sendo criadas de forma aleatória. Se elas tivessem sido planejadas para formar um corredor ecológico, onde houvesse uma conexão entre as áreas, teríamos um impacto ambiental muito menor", observou o professor Edson Vicente Silva.

O desafio dos ambientalistas, agora, é manter este ecossistema equilibrado, explorando o turismo no presente, com o olhar nas futuras gerações, sem agredir a natureza.

Gil Santos e Tátyna Vieira TV Mirante

http://g1.globo.com/ma 

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