terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Estudantes do e-Tec Brasil, do Campus Maracanã, fazem diagnóstico da agropecuária em Brejo



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equipe_01Alunos do curso técnico em Agropecuária, oferecido pelo Campus Maracanã por meio do Sistema e-Tec Brasil no pólo de Brejo, traçaram um panorama da produção rural no município. As pesquisas foram apresentadas neste domingo (29), em seminário sobre o tema “A importância da Agropecuária para o desenvolvimento econômico, qualidade de vida e sustentabilidade ambiental no município de Brejo/MA”.

Com enfoque na “Horta caseira: a importância das hortaliças na qualidade de vida do município de Brejo”, a primeira equipe mostrou que esse tipo de produção tem sido pouco utilizado pelos brejenses. Essa situação, segundo os alunos, deve ser revertida, já que da horta podem sair alimentos mais saudáveis (livres de agrotóxicos) e ainda uma renda extra. O espaço que existir na própria casa pode ser aproveitado, inclusive nas varandas de apartamentos.
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Mesmo sendo caseira, a construção e a manutenção da horta precisam ser planejadas. O pequeno produtor deve anotar, por exemplo, o dia em que plantou cada espécie, o tamanho de cada planta, o tempo ideal para transplantio e o manejo a ser realizado. Esses cuidados vão garantir hortaliças de qualidade. Há ainda tipos diferentes de cultivo, de acordo com as estações do ano. Ao inverno, são mais adaptadas as culturas de batata, rúcula, couve-flor e alface; no verão, podem ser cultivados a batata doce, feijão de vargem, abóbora, melancia, cebolinha e pepino.

equipe_02A segunda equipe, por sua vez, apresentou dados sobre o tipo de cultura mais forte da região: a caprinocultura, destacando raças, alimentação e manejo sanitário. Brejo é o município número dois em produção de caprinos e ovinos, no Baixo Parnaíba. As raças mais criadas são a Dorper, Cariri, Saanen, Boer e Anglo-nubiana. Entre elas, aparecem raças com maior potencial para a produção de leite, como a Saanen, mas a principal vocação local é para a carne. Também são aproveitados pêlo e pele.

equipe_02.caprinoequipe_02.caprinoculturaNa alimentação dos caprinos, os produtores usam vegetação nativa (brachiária, jitirana e sabiá – conhecida como unha de gato), além de complexo mineral. A dieta é complementada com farelo de milho ou trigo.  No que se refere à saúde dos animais, a podridão de casco é um dos problemas mais frequentes. Para resolver, os alunos da equipe indicaram a instalação, na entrada do aprisco, de pedilúvio (espécie de caixa contendo sal de zinco – mais apropriado no inverno – ou cal – recomendado para o verão).

Fruticultura e fertilização orgânica

equipe_03.frutasO tema “Fruticultura: o pomar doméstico como forma de alimento e renda familiar no município de Brejo” foi exposto pela terceira equipe. Na pesquisa, os alunos constataram que o cultivo de frutas ainda é incipiente na região. As espécies nativas, como o bacuri e piqui, ainda são as mais produzidas.

equipe_03.fruticulturaEssa realidade, na opinião dos estudantes, pode ser modificada com a implantação de pomares domésticos. As frutas serviriam como fonte alternativa de renda, e sua utilização ainda geraria, de acordo com os alunos-pesquisadores, maior consciência de sustentabilidade. Para eles, quem depender das árvores frutíferas vai querer preservá-las.

quarta_equipeEncerrando as apresentações, a quarta equipe falou sobre “A fertilização orgânica e o controle alternativo de pragas e doenças nas hortaliças no município de Brejo”. No levantamento feito, os alunos perceberam que o esterco e a palha de arroz são bastante utilizados como adubos orgânicos.

equipe_04.armadilhaequipe_04.inseticidasOs estudantes foram além da proposta de investigar os defensivos usados no município para combater pragas. Eles improvisaram um laboratório e criaram fórmulas contra insetos e fungos. Da mistura de erva cidreira, alecrim, arruda e mata pasto, conseguiram um inseticida que combate mosca branca e saúva. Os alunos reconhecem que os experimentos ainda precisam ser mais testados. Eles inventaram também uma armadilha com isopor, lâmpadas coloridas e um grude feito com goma de mascar e extrato de jaca.

equipe_de_gestoOs trabalhos foram avaliados pelas coordenadoras do e-Tec Brasil no Campus Maracanã, Jandira Pereira e Lucimeire Amorim, pelo professor José Zenóbio de Souza e pelo técnico em Agropecuária, Antônio Anísio Pinheiro. Acompanharam as atividades o diretor geral do campus, Vespasiano de Abreu da Hora, a coordenadora pedagógica, Kieive Melo, e o coordenador do pólo de Brejo, Pedro Diniz.

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