segunda-feira, 22 de março de 2021

modernismo maranhense

O movimento começou cedo no hotel à beira da pista da cidade de Colinas, sertão maranhense. A dona do hotel abriu a cozinha e preparou o café dos hospedes porque as cozinheiras não compareceram. O hospede desejou bom dia a proprietária e vasculhou com as mãos os livros enfileirados sobre a mesa. Hospedara-se antes e não se lembrava de te-los vistos. O livro de cima o cativou pelo nome “A bagaceira”. Onde ele lera aquele titulo? Segurou-o e abriu enquanto tomava café. A apresentação do livro obedecia a velha tática de despertar o interesse por alguma característica especial, “um dos marcos do modernismo brasileiro junto com Macunaima”. A edição se gastara com o tempo. Ele viu nisso mais uma boa razão para convencer a proprietária a lhe dar o livro o que de fato aconteceu. Um dos seus assuntos preferidos: modernismo. Quantos estados nordestinos viram surgir expoentes do modernismo em seus quadros literários? Quantos maranhenses seriam classificados como modernistas? Uma vez indagou a uma bibliotecária se ela entendia Josue Montello como escritor modernista. Ferreira Gullar, sem tirar nem por, do qual lera “Poema sujo”, englobaria as características de um escritor/poeta modernista: subjetividade, fragmentação, a quebra no discurso e etc. Essas características não via em Josue Montello, porem essa é uma visão parcial do modernismo ou dos modernismos. Pode ser que alguém pense o contrario.

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