quinta-feira, 21 de novembro de 2013

MPF/MA: em defesa das terras quilombolas


(21/11/2013)Em 2013, o MPF no Maranhão já ajuizou três ações civis e expediu uma recomendação em prol da regularização de terras quilombolas no estado
O Ministério Público Federal (MPF) vem realizando mobilização nacional em defesa dos territórios quilombolas, como parte das atividades voltadas ao Dia da Consciência Negra, comemorado na última quarta-feira (20).  Em 2013, o MPF no Maranhão já propôs três ações civis, expediu uma recomendação e conseguiu, na Justiça Federal, três sentenças favoráveis. Todas essas medidas visam promover a regularização de terras quilombolas no estado.

De 19 a 21 de novembro, a Procuradoria Geral da República (PGR), em Brasília, está realizando a Semana da Consciência Negra. O evento tem como tema “Lutas do passado e do presente – dos quilombos à favela”, colocando em foco principalmente a questão da regularização de terras quilombolas, que é um direito garantido pela Constituição de 1988, mas que pouco avançou até hoje.

MPF/MA em ação – De janeiro até agora, o MPF no maranhão propôs três ações civis e expediu uma recomendação, em prol da demarcação de territórios quilombolas. Em março deste ano, o MPF no Maranhão propôs ação civil contra o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e estado do Maranhão, com o objetivo de reparar danos causados a espaços ambientais de diversas regiões do interior do estado. O MPF constatou que essas áreas fazem parte de projetos de assentamento mantidos pelo Incra, onde há a presença de populações tradicionais, mas que tiveram sua vegetação suprimida, afetando o bioma amazônico.

No mês de julho de 2013, o MPF no Maranhão propôs outras duas ações civis e expediu uma recomendação, a fim de garantir a proteção das terras de oito comunidades remanescentes de quilombo. Uma dessas ações foi propostas contra o Incra, com o objetivo de garantir os direitos territoriais da comunidade denominada Peixes, localizada no município de Colinas/MA.

Outra ação, movida no mês de julho, também contra o Incra, tem o objetivo promover a tutela dos direitos territoriais dos integrantes da comunidade tradicional Santo Antônio dos Pretos, localizada no município de Grajaú/MA. Já a recomendação, encaminhada ao Incra, pede que a autarquia regularize, dentro do prazo, os territórios de diversas comunidades remanescentes de quilombos no Maranhão, concluindo a elaboração de laudos antropológicos.

O MPF no Maranhão conseguiu ainda, junto à Justiça Federal, obter três sentenças favoráveis à proteção de territórios quilombolas. Em abril de 2013, a Justiça fixou prazo de 180 dias para o Incra concluir o Relatório Técnico de Identificação e Demarcação (RTID) no remanescente de quilombo Saco das Almas (Brejo/MA). E, no mês de junho, outra sentença fixou o mesmo prazo para a autarquia concluir o RTID no remanescente de quilombo denominado Cruzeiro (Palmerândia/MA).

Em julho de 2013, a Justiça determinou que o Incra conclua também o RTID do remanescente de quilombo Monge Belo (Itapecuru-Mirim/MA). Contra as sentenças referentes aos quilombos Saco das Almas e Monge Belo, foi interposto recurso de apelação pelo Incra.

 

Assessoria de Comunicação

Procuradoria da República no Maranhão

Tel: (98) 3213-7100


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